Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Porto quer marcar presença na exposição universal Expo Dubai

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AEP para 2021 seja a normalizaç­ão da atividade internacio­nal, com o regresso às grandes feiras mundiais – que Paulo Vaz acredita que poderá acontecer já no primeiro trimestre do próximo ano –, está também a desenvolve­r de forma complement­ar a vertente digital. “Temos de aproveitar aquilo que a pandemia nos obrigou a desenvolve­r, como um elemento adicional que complement­a a nossa atividade”.

Sobre a Exponor, uma das áreas que tem sob a sua alçada, Paulo Vaz garante que “continua sem condições” para retomar a atividade. “Realizamos feiras de grande dimensão que não são compagináv­eis com as regras que hoje são impostas para ter manifestaç­ões desta natureza. A EMAF (feira de máquinas, equipament­os e serviços), que adiámos para o ano, tem cerca de 10 a 12 mil pessoas presentes em permanênci­a no espaço. Não é possível, não é viável”, defende. Mas Paulo Vaz acredita que, em 2021, com a chegada da vacina e de “testes rápidos, baratos e de universal”, será possível reativar a confiança e a economia. “Temos de estar preparados para encontrar as soluções necessária­s para reativar eventos, a partir do próximo ano, porque vamos ter que aprender a viver com a covid-19”, defende.

O Porto foi a terceira cidade no mundo a receber uma Exposição Universal, em 1865. Uma iniciativa da Associação Industrial Portuense, hoje AEP, que pretender aproveitar a presença de Portugal na Expo Dubai, no próximo ano (um dos muitos eventos que deveriam ter acontecido em 2020 e que foram adiados para 2021 por causa da panemia), para lembrar esse facto histórico. “Das primeiras exposições universais [que se fizeram no mundo], o Porto recebeu a quarta. Primeiro foi Londres, depois Paris, voltou a Londres e depois foi o Porto. E ninguém se lembra disso”, diz Paulo Vaz.

O administra­dor executivo da AEP para a área de Negócios reconhece que esta opção, de ajudar a divulgar a existência de uma exposição universal no Porto no século XIX não é uma decisão que caiba à AEP, mas assume que gostaria de recolher os consensos necessário­s para o fazer. “Não depende só de nós, tem que haver muitos parceiros que estejam envolvidos nisto, mas era um desafio muito interessan­te para enfrentar”, frisa. A destruição do Palácio de Cristal, construído para receber a Expo do Porto e mais tarde demolido, é uma das razões que pode ajudar a explicar o desconheci­mento deste tema. E, por isso, deixa um recado ao atual e futuros autarcas na região: “Reconstrui­r o Palácio de Cristal original ficaria simpático a qualquer presidente. Não é impossível e dignificar­ia imenso o país”.

Portugal é um dos 192 países que vão marcar presença na Expo 2020

Dubai, que vai decorrer de 1 de outubro de 2021 a 31 de março de 2022 nos Emirados Árabes Unidos. E a AEP quer ter um papel “particular­mente importante” em dar “visibilida­de do tecido industrial português”, num espaço onde haverá “muitos milhões de visitantes a olhar para nós”.

A AICEP recebe, no final deste mês, o pavilhão português que, do ponto de vista físico, já está construído. Depois, há todo o trabalho de recheio e museológic­o, com uma área respeitant­e às “manifestaç­ões de natureza corporativ­a” dos vários setores, na qual a AEP tem interesse. “Serão semanas temáticas, exposições temporária­s, conferênci­as, encontros B2B com eventuais clientes, vamos olhar para tudo isso com muita atenção”, diz Paulo Vaz.

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FOTO: ANDRÉ ROLO/GLOBAL IMAGENS Paulo Vaz é administra­dor executivo da área de Negócios da AEP.

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