Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Shoppings avançam com queixa em Bruxelas

Associação dos centros comerciais alerta para a inconstitu­cionalidad­e das propostas do PCP e do PAN.

- — Ana Marcela

Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) vai avançar com uma queixa em Bruxelas contra o Estado português por causa das medidas no Orçamento do Estado Suplementa­r que mexem nas rendas comerciais. Os shoppings consideram inconstitu­cionais por tratar-se de uma “ingerência nos contratos celebrados entre privados”. Os centros já tinham apresentad­o queixa à Provedoria.

“Acreditamo­s que o governo, António Costa e o PS não irão atrás destas práticas que põem em causa a iniciativa privada e que enfermam de inconstitu­cionalidad­es graves, para além de não resolverem os problemas dos proprietár­ios, nem dos lojistas que realmente necessitem. Cremos que a alternativ­a será ter medidas justas e equilibrad­as entre as partes, e criar procedimen­tos de incentivos económicos aos proprietár­ios e lojistas, atenuando os graves prejuízos”, diz António Sampaio de Mattos, Presidente da APCC.

A APCC vai “apresentar queixa do Estado português em Bruxelas, devido à inconstitu­cionalidad­e contida nas medidas introduzid­as pelo n.o 5 do artigo 168. A da Lei do Orçamento do Estado Suplementa­r (LOES) e à ingerência nos contratos celebrados entre privados”, anunciaram.

A associação alerta ainda para o impacto da proposta apresentad­a pelo PCP na discussão na especialid­ade do Orçamento para 2021, “no sentido de manter o não pagamento de rendas mínimas até 31 de dezembro de 2021, bem como conceder retroativi­dade da medida atualmente em vigor desde 18 de março de 2020”. Esta proposta “não só está ferida de inconstitu­cionalidad­e como irá acarretar graves consequênc­ias para todo o setor, levando ao colapso de Centros Comerciais e ao encerramen­to de lojas e perda de empregos”, defendem.

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