SABER DO QUE SE FALA
A segunda melhor forma de convencer alguém do que estamos a dizer é parecer saber do assunto. ame lhorformaé saber mesmo do quesefala. Estudar o assunto, preparar a conversa, organizar a reunião, ensaiar a apresentação, e estar descansado e motivado quando as coisas acontecem. Mas mesmo assim, a conversa, a reunião ou a apresentação pode correr mal. Mesmo sabendo muito do assunto, há maneiras de falar que comunicam mal, que não influenciam os outros e que transmitem insegurança; por exemplo, falar baixo, manter o mesmo tom de voz, ter uma postura corporal fechada, ter sempre a mesma cara. Por outro lado, mesmo sabendo pouco do assunto de que se está a falar, há maneiras de dizer as coisas que influenciam quem nos ouve.
Olhar nos olhos a pessoa com quem falamos ajuda a ser eficaz, transmite segurança, confiança e transparência. Olhar nos olhos sugere que não temos nada a esconder e facilita compreender o que a outra pessoa sente e pensa. Se não conseguir olhar nos olhos da outra pessoa, se isso o põe nervoso ou incomoda, o truque é fixar o seu olhar num ponto entre as sobrancelhas do seu interlocutor. É um olhar indistinguível do olhar nos olhos e tem o mesmo efeito, para si e para o outro. Cuidado, no entanto. Não olhe demasiado nos olhos da outra pessoa, de vez em quando desvie o olhar, dê espaço ao outro. Olhar fixamente, sem desviar o olhar, é incomodativo, o outro pode sentir-se preso e futuramente evitará estar consigo.
A voz é igualmente relevante. A velocidade a que se fala e o tom de voz são importantes para influenciar os outros. O pior, o que incomoda mais e influencia menos, é falar depressa e falar sempre no mesmo tom. Falar muito depressa traduz insegurança, receio de ser interrompido e pressa em dizer tudo o que queremos na esperança de que faça uma diferença. É uma posição que dificulta ser influente. Se à rapidez, se juntar o mesmo tom de voz, sem altos e baixos, sem pausas e variações, as coisas ficam mesmo desinteressantes e incomodativas. Pior, só mesmo se também se falar baixo.
Os gestos variados e as expressões faciais entusiastas, o sorriso, o abrir mais os olhos, etc. ajudam a criar bom ambiente e a influenciar quem está connosco. Manter sempre a mesma expressão, neutra ou mesmo simpática, não comunica bem. Sorria, use expressões faciais variadas, se estiver de pé, ande pela sala, aponte, gesticule, mexa-se. Não fique parado, sempre com a mesma cara. Concluindo, se uma pessoa não parecer que sabe do que está a falar, quer saiba ou não saiba, terá dificuldades em captar a atenção dos outros e em convencê-los. Preparar-se e saber do que fala é a melhor estratégia para ser influente. Mas não chega, uma pessoa também tem que parecer que sabe do que fala – olhos nos olhos, não falar depressa, variar o tom de voz, fazer pausas, gesticular, sorrir, mostrar-se confiante.
ANTIGA ORTOGRAFIA
Sempre a mesma cara, o mesmo tom de voz, não olhar nos olhos... não convence