LISBOA ESTRELA EUROPEIA DE STREET ART
A cidade redescobre-se todos os dias à boleia daqueles que chegam de todo o país e do mundo para deixar a sua marca nos muros e nas paredes.
Lisboa é hoje apontada como uma das mais relevantes capitais europeias no âmbito da produção plástica em
graffiti e street art graças a Bordalo II, Vhils, Nuno Saraiva, Sérgio Odeith, Shepard Fairey, Styler, António Alves, Binau e Utopia63, além de todos os que figuram no imenso leque de artistas nacionais e estrangeiros que assinam as centenas de obras de arte urbana espalhadas pela cidade.
Não é exagero dizer que a arte está em toda a parte, com o epicentro dos bairros históricos como Marvila, Bairro Alto, Graça, Campolide e zonas como o Cais do Sodré, Belém e Alcântara a estender-se em todas as direções – e no tempo também. Se hoje Lisboa é um ponto incontornável na rota europeia e internacional da arte urbana, muito deve certamente à câmara municipal, que em 2008 criou a Galeria de Arte Urbana (GAU) – confirmando «publicamente o graffiti ea street art como uma subcultura artística globalmente presente nas metrópoles mundiais» – e cedeu sete painéis na Calçada da Glória e no Largo do Oliveirinha para a primeira galeria oficial na cidade, fotografada hoje pelas centenas de turistas que passam no Elevador da Glória.
O site da GAU tem um mapa interativo com coordenadas de todos os pontos de interesse e uma lista de percursos para caminhar a pé (entre uma ou duas horas) por algumas das obras deixadas por vários projetos. Um deles foi o Muro, que em 2016 desafiou mais de trinta artistas portugueses e estrangeiros a dar nova vida às paredes do bairro Padre Cruz, o maior bairro social da Europa, na freguesia de Carnide. Quem não dispensa o telemóvel para fotografar pode instalar também a aplicação gratuita Lisbon Street Art, que reúne mais de 160 locais de interesse, dentro e fora de Lisboa.