Evasões

A CHEF QUE VOLTOU DA GRANDE MAÇÃ

LISBOA Nos últimos 15 anos, passados nos EUA, a chef Luísa Fernandes não esqueceu a cozinha nacional, antes pelo contrário. Levou-a consigo e celebrou-a em Nova Iorque. Até que, neste março, decidiu regressar à sua capital.

- TEXTO DE MARLENE RENDEIRO FOTOGRAFIA DE LEONARDO NEGRÃO/ GLOBAL IMAGENS

Luísa Fernandes trocou uma carreira luminosa em Nova Iorque pelas saudades de Lisboa... e pelo Peixe.

Luísa Fernandes despediu-sede nova iorque acorrer os 42 quilómetro­s dama ratonada cidade. O regresso a Portugal, em março, já ia sendo pensado há um par de anos. Afinal, já tinha passado mais de década e meia desde que deixara lisboa em buscado seu sonho americano: trabalhar num restaurant­e. Tinha 49 anos, 31 como enfermeira, e vontade de apostar na cozinha, após ter o seu próprio restaurant­e em São Bento.

Osonhocump­riu-seea participaç­ão no concurso

Chopped (Food Network), deu uma ajuda. mesmos em falar bem inglês, conquistou o primeiro lugar com um prato que juntava favas, chouriço e

peixe. E com um leopold, como é conhecido o mil-folhas nos EUA. Os últimos sete anos, passou-os no 9º piso do Museum of Arts and Design, em Manhattan. Com vista para o Central Park, foi no elegante robert que a chef deuà «nova cozinha americana um twist mediterrân­ico» e cozinhou para Bono, Kofi Annan, Liza Minnelli.

«Quinze anos a viver em Nova Iorque equivalem a quase 30. É uma cidade muito competitiv­a, onde existem expetativa­s muito altas, menus novos de dois em dois meses e 38 mil restaurant­es », diz a chef. No regresso a Portugal, ainda chegou a procurar pelo seu antigo restaurant­e, mas acabou por ser convidada a integrar o peixe na Avenida, espaço que abriu há um mês junto à Praça da Alegria. O dono deu-lhe carta-branca para criar o menu de peixe, tudo selvagem. Divide-se em ceviches (de carapau, cavala e atum-rabilho) e outros pratos que sabem a Portugal e às terras lusófonas. «Encontram-se influência­s de Goa, Moçambique. E também do Japão», explica a chef, referindo-se aos peixinhos da horta que acompanham opargogrel­ha doe o puré de batata vitelotte. Combinaçõe­s inseparáve­is faz em-se com polvo, batata-doce e esparregad­o de grelos, e das favas e chouriço, que aqui seguem a olado deu matran chede robalo, símbolo da sua participaç­ão noCho

pped. Não hácere janoto podo bolo, porque aqui o doce faz-se com um mil-folhas com natas azedas– versão da sobremesa que lhe abriu portas em terras do Tio Sam.

PEIXE NA AVENIDA R. Conceição da Glória, 2 (Avenida). Tel.: 308807787. Web: facebook.com/peixenaave­nida. Das 12h às 15h e das 18h30 às 00h00. Encerra domingo ao almoço e à segunda. Preço médio: 30 euros

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ?? NOVA CARTA NO PRÓXIMO MÊS, A CARTA IRÁ MUDAR, PELO MENOS O SUFICIENTE PARA LUÍSA FERNANDES JUNTAR CASTANHA E OUTROS PRODUTOS OUTONAIS À MESA.
NOVA CARTA NO PRÓXIMO MÊS, A CARTA IRÁ MUDAR, PELO MENOS O SUFICIENTE PARA LUÍSA FERNANDES JUNTAR CASTANHA E OUTROS PRODUTOS OUTONAIS À MESA.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal