LISBOA É PORTUGAL E O RESTO NÃO É (SÓ) PAISAGEM
Viver na Grande Lisboa é um privilégio. Este território, que vai do município de Mafra ao de Setúbal, tem duas serras mágicas, a de Sintra e a da Arrábida, um majestoso rio no meio e dezenas de praias na sua costa. Nesta megapólis europeia a diversidade reina entre a natureza, a história e a modernidade, tudo casado com relativa harmonia. Não há outra capital na Europa com tanto para oferecer. E os nossos «concidadãos» europeus, chamemos-lhes assim, sabem-no cada vez mais. Estive em Munique na semana passada numa convenção com cidadãos de vários cantos da União Europeia. Todos com quem falei, sem exceção, demonstraram entusiasmo em conhecer Lisboa. E referiram precisamente que, além de ser uma cidade que está na moda (muitos deles ouviram falar bem através de amigos ou familiares), é uma metrópole com múltiplos pontos de interesse, do monumental à diversão noturna e também de contacto com a natureza. Curiosamente, um deles referiu até, ainda que injustamente, que Lisboa tinha uma melhor imagem do que Portugal, pelo menos no que se referia ao seu Estado, a França. Que Lisboa tinha uma imagem moderna, trendy, cool e que Portugal tinha uma imagem mais antiquada e tradicional. Apressei-me a dizer-lhe que essa imagem estava errada, que o Porto, por exemplo, é também uma cidade aberta e vibrante, que Coimbra é bastante jovem por causa da secular universidade, que as praias do Alentejo são perfeitas para os amantes da natureza e que o nosso Algarve é uma Ibiza bastante maior e melhorada. Espero ter contribuído para melhorar ainda mais o nosso prestígio. Portugal não é só Lisboa. E ainda bem.