A HISTÓRIA DO POMARÃO ESTÁ LIGADA À MINA DE SÃO DOMINGOS. O MINÉRIO ERA ESCOADO A PARTIR DESTE PORTO FLUVIAL.
Para facilitar o circuito, a empresa britânica construiu uma das primeiras linhas ferroviárias de Portugal: ligava, percorrendo uma extensão de 17 quilómetros, a mina a um ponto onde o rio fosse navegável, o Pomarão. Aqui, do antigo porto saíam barcos carregados de minério até Vila Real de Santo António, onde a carga passava finalmente para embarcações de maior tonelagem que a levavam a países como Inglaterra ou Alemanha. No Pomarão, o que resta desta estrutura é visitável e, apesar de estar ao abandono, não deixa esquecer a memória da atividade que fez prosperar a aldeia até a mina deixar de laborar. Nessa altura, em 1967, muitos foram os que procuraram melhor qualidade de vida nas cidades.
«Só decidi abrir o restaurante quando anunciaram a construção da ponte.» Maria Pinto, dona e cozinheira do restaurante A Maria, refere-se à Ponte Internacional do Baixo Guadiana. Conhecida como Ponte do Chança é, para o Pomarão, a promessa de visitantes espanhóis que ali chegam, sobretudo, para comer. No restaurante A Maria há dois pratos diários; se for dia de bochechas de porco, é aproveitar.
A tranquilidade desta aldeia construída em patamares, toda voltada ao rio, aliada aos restos (imortais) da sua história que ali continuam, desde o século faz do Pomarão um lugar romântico e o sítio certo para discorrer sobre o lema «Navegar é preciso!». l