COMIDA PORTUGUESA COM BALOIÇOS À MESA
Ana Pinto regressou da Venezuela e abriu um restaurante com pratos tradicionais e uma decoração inspirada em jardins, com baloiços, bancos de madeira e relva.
Há uma frase que lhe acompanha os dias: o melhor tempero é o amor. Quando Ana Pinto, cozinheira e dona do restaurante, entra na cozinha e coloca o avental é esse ingrediente que lhe sai das mãos. A qualidade da matéria-prima é importante: a carne é marinhoa, grelhada, no forno, estufada, como o cliente quiser. O arroz de marisco não leva caldos artificiais, é envolvido na água das conchas. «É comida de conforto como fazemos em casa», descreve.
Ana Pinto viveu 24 anos na Venezuela, regressou e decidiu seguir uma vontade. «Este restaurante é um sonho», diz. Trouxe receita de arepas reinventada por si e criou um leite-creme envolvido numa massa. Nas sobremesas, há pudim abade de Priscos, mousse de chocolate com redução de porto e tarte de queijo da serra com geleia de marmelada. Do mar, há caldeirada de enguias
ou bacalhau com broa. Da terra, tripas, bochechas de porco, costeletão ou arroz de pato. Ao sábado come-se chanfana e ao domingo arroz de marisco. O restaurante abriu com a cozinha de autor do
chef Tiago Santos – que conquistou o ouro no 8º Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo – e Ana Pinto quer manter essa vertente e focar-se no tradicional.
Para manter a coerência com o verde exterior, decorou o espaço com baloiços numa mesa redonda, relva e bancos de madeira. «Gostamos que as pessoas se sintam bem acolhidas.» Como num jardim.