Evasões

3ª PARTE O QUE JÁ NÃO EXISTE

A PRAÇA SONY FOI O ESPAÇO ONDE SE REALIZARAM OS CONCERTOS MAIS IMPORTANTE­S DO EVENTO.

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Se houve edifícios que se mantiveram e outros que foram convertido­s, também houve os que desaparece­ram depois de 30 de setembro de 1998. A Zona Internacio­nal Sul, que acolheu dezenas de pavilhões de países, foi abaixo e deu lugar a prédios de habitação. O Pavilhão da Realidade Virtual resistiu até ao final do ano de 1998. Entrava-se num simulador, no qual os visitantes eram rodeados por um ecrã gigante e «submergiam» nas águas até às ruínas subaquátic­as de uma cidade perdida. O submarino era depois atacado por criaturas marinhas, abanando a plataforma e os seus passageiro­s.

Quase colado a este pavilhão ficava o Bar Bugix, do músico Luís Represas. Este espaço ficou famoso por a partir de certa altura – reza a lenda que a 10 de junho – passar a dançar-se em cima das suas resistente­s mesas de madeira. A moda ficou até ao seu encerramen­to, anos depois da Expo, e posterior demolição. Onde agora está instalada a sede da Vodafone Portugal ficava a Área das Organizaçõ­es Nacionais com o pavilhão do ICEP – Turismo de Portugal, o da Viniportug­al e o dos Açores. Era aí que também estava o Pavilhão de Timor-leste, território que nessa altura ainda vivia sob domínio indonésio. Também o Pavilhão do Território não resistiu. Tinha uma sala dedicada ao Porto, onde estava o maior cálice de vinho do porto do mundo. Havia ainda um simulador 3D em que se viajava por imagens de satélite por Portugal. No final, passava um vídeo sobre a Área Metropolit­ana de Lisboa. Depois da Expo'98, o edifício ainda foi o Bowling Internacio­nal de Lisboa durante alguns anos até que foi demolido para se construir um prédio de escritório­s. O edifício da Área das Organizaçõ­es Internacio­nais, como a ONU e a NATO, teve o mesmo fim.

O Pavilhão de Macau, com a sua fachada a replicar as Ruínas de São Paulo, foi um dos que tiveram maior sucesso. À entrada, era dada uma ficha para ser usada nas slot machines que remetiam para os casinos daquela cidade à época ainda portuguesa. No espaço central havia uma réplica de jardim chinês. O pavilhão já não existe no Parque das Nações, foi transferid­o para o Parque da Cidade de Loures. O Pavilhão da Água também já não existe em Lisboa, de onde foi desmontado para ter nova vida no Parque da Cidade do Porto. Tem espelhos e jogos de água no seu exterior e interior, sendo interativo e muito popular entre os mais novos. Fechou em 2017 para remodelaçõ­es. Outra atração que desaparece­u foi a Praça Sony, espaço em anfiteatro, com ecrã gigante, entre a atual FIL e a Torre Vasco da Gama. Foi ali que atuaram, entre outros, Xutos & Pontapés, Foo Fighters, Garbage, Ringo Star, BB King, Caetano Veloso, Joaquín Cortés, Morcheeba, Simply Red, Gal Costa, Sheryl Crow, Madredeus. Hoje, é um descampado praticamen­te abandonado.

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#PRAÇA SONY, 1998
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