PASSADIÇOS DO SISTELO
ESTE PERCURSO ESTÁ INSERIDO NOUTRO DE MAIOR DIMENSÃO, O DA ECOVIA DO VEZ.
De um lado e do outro a densa folhagem por onde abrem caminho alguns raios de sol, cobre o percurso ladeiro ao rio em grande parte da sua extensão. Os passadiços que acompanham as sinuosidades do curso de água são apenas uma pequena parte do troço de dez quilómetros, feito por trilhos e carreiros, pela margem ou através dos campos e bosques que rodeiam o rio Vez, compreendidos entre a ponte medieval de Vilela e a aldeia do Sistelo.
Este percurso está ainda inserido num outro de maior extensão, o da Ecovia do Vez, com mais de 40 mil metros. Todo ele vale a caminhada, ou o passeio de bicicleta, para apreciar não só as margens do Vez como a sua fauna e flora características, que lhe valeram a classificação pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera. É raro não se ouvir o fresco corredio da água acompanhado pelo chilrear das aves que por ali habitam, caso do colorido guarda-rios. E como na sua maioria são os amieiros, salgueiros, freixos, aveleiras e até castanheiros que compõem a vegetação envolvente, todos eles de folha caduca, já se mostram os sinais do tempo, que vai cobrindo morosamente os passadiços com as folhas do outono. Por isso, é de recomendar cuidado redobrado nas subidas e descidas acentuadas do percurso. Pelo caminho, encontram-se ainda outros encantos merecedores de uma paragem mais demorada. É o caso das antigas poldras romanas, usadas para a travessia dos riachos, ruínas de moinhos, ou das lagoas, cascatas e praias fluviais. Ao chegar ao fim do caminho, fazendo o percurso em direção ao Sistelo, avistam-se os socalcos, por esta altura pontuados de colmos de palha, e o castelo.
Se as pernas aguentarem, vale bem o passeio pelas redondezas, com a certeza de se deixar deslumbrar pela beleza da região.