PRATOS COLORIDOS, SABOROSOS E EQUILIBRADOS
PORTO Pululam pela cidade restaurantes e cafés que dão preferência aos ingredientes frescos, muita das vezes biológicos. Um dos mais recentes é o Nola Kitchen, na Praça D. Filipa de Lencastre, que ocupa os dois pisos deixados vagos pela gelataria Cremosi.
Tudo o que está na carta do Nola é preparado na cozinha e, de preferência, com ingredientes que «façam o menor número de quilómetros» para lá chegar, explica Maria Torres, que juntamente com o namorado, Alexandre Santos, e a amiga e sócia, Beatriz Vergueiro, abriram o espaço em meados de setembro.
Algumas das exceções são os chás franceses da Compa-gnie Coloniale e o Prana Chai, que vem da Austrália. Os smoothies, as sweet bowls, as tostas e os ovos, as panquecas e os pratos para partilhar são todos confecionados na casa, com a ajuda de Filipa Cardosa, autora do blogue Diospiro e consultora de restauração. Os queijos vêm da vizinha Queijaria do Almada, o café da portuense Combi, o pão de fermentação lenta é da Garfa, sediada em Custoias, e mesmo o gin, Cura, é nacional.
Farinhas e açúcares refinados, produtos processados,
aditivos e conservantes não têm lugar no Nola, o que não impede que cheguem às mesas pratos tão saborosos como as panquecas Very Berry, com frutos vermelhos, merengue de abacate, xarope de ácer, amêndoa laminada e menta fresca ou a inesperada tosta de batata-doce e beterraba assadas. A carta de bebidas é longa, desdobrando-se em sumos naturais, smoothies, limonadas, bebidas com café, vinhos e cocktails, mas convém lembrar que as águas, algumas aromatizadas, são para ser bebidas gratuitamente.
A carne e o peixe têm o seu lugar no Nola porque tal como o nome sugere – Nola é a junção das palavras no e labels –, aqui não há rótulos, só comida feita com consciência e muito carinho. l