Evasões

PEDRO FERREIRA

- SOM ME LI ERDEPED ROLEMOS

Oplano A era ser piloto da Força Aérea, mas um problema na coluna mudou-lhe as voltas ao destino. O plano B de Pedro Ferreira passou pela Escola de Hotelaria de Coimbra, cidade onde nasceu. «O que queria ao início era dominar os vários aspetos da restauraçã­o, desde a cozinha ao bar, passando pelos charutos e cocktails, mas acabei por desenvolve­r uma grande paixão pelos vinhos.» Mais tarde ruma ao Porto para estudar Gestão e Administra­ção Hoteleira, ao mesmo tempo que gere uma carta de 500 referência­s no antigo Buhle, junto à praia do Castelo do Queijo. Abre o Hotel da Música e, pouco depois, recebe a proposta de Pedro Lemos para se juntar à equipa do restaurant­e homónimo. No ano seguinte, ganhavam a primeira estrela Michelin. «No início, em cada dez me- sas, duas pediam menu degustação com pairing, hoje só há duas que não pedem. Penso que o consumidor está a perder o medo do sommelier e daquela ideia de ser enganado», refere o escanção do restaurant­e portuense. Tem um olhar novo sobre a profissão e, tal como outros da mesma geração, o sonho passa por chegar a Master Sommelier. «Fiz os níveis 1 e 2 do Court of Master Sommeliers e o passo seguinte seria o Advanced, mas é complicado porque em Portugal não há condições», explica. «Tens de ter tempo e dinheiro para ir provar vinhos internacio­nais, conhecer as regiões, os produtores. Lá fora há verbas para isso, as empresas de distribuiç­ão agarram nos sommeliers e levam-nos a conhecer os produtores. Podes ser um grande autodidata, mas há um motivo pelo qual este é o exame mais difícil deste mundo.»

REGIÃO PREFERIDA DE VINHOS? Bairrada. BRANCOS OU TINTOS? Tintos. FERRAMENTA INDISPENSÁ­VEL A UM SOMMELIER? Frappé. TENDÊNCIAS NO MUNDO DOS VINHOS? Vinhos que exprimam a região de onde vêm. Não inventar.

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