GOLFE

A Man from the North

Tiago Rodrigues

- TEXT: Márcio Berenguer PHOTOS: Octávio Passos

When did golf come up in your life?

When I was nine, a golf course opened in Vila Nova de Famalicão, and I told my parents I would like to try. In my family there were no players. It was love at first sight.

Was this always your favourite sport, or were there times in which you went away from it?

There was a time when I accumulate­d golf and swimming, but when I had to choose I chose golf.

Como é que surgiu o golfe na sua vida?

Quando tinha nove anos, abriu um campo de Golf perto de Vila Nova Famalicão, e disse aos meus países que gostava de experiment­ar. Na minha família não havia ninguém que jogasse. Foi amor à primeira vista.

Foi sempre o seu desporto de eleição, ou houve alturas em que se afastou?

Houve uma altura em que acumulei o golfe e a natação, mas quando tive que optar, optei pelo golf.

Teve uma carreira amadora consistent­e: Campeão nacional sub-16, campeão nacional de clubes, 4.º no Europeu de sub-18 em 2008 e

You had a consistent amateur career: national sub -16 champion, national clubs’ champion, 4th in the European sub -16, and finalist in the Federação cup. When did you decide this is what you wanted to do profession­ally?

When the first important amateur results started coming in I started to dream to become a profession­al.

Did the decision to go to the US hide this desire to go profession­al?

Of course, when I went to the United States it was with the aim of becoming profession­al. Of course the academic part was also important, but the main aim was to prepare to be a profession­al golf player.

How did it go in the US? Why did you choose Orlando?

It was a fantastic life experience, and I chose Orlando because I liked the college a lot and the climate also helped on the playing of golf.

Is profession­al life going well?

It’s going very well. I was very well received by my profession­al colleagues, which made the shift easier. The results came earlier than I expected. The victory at the Bom Sucesso Classic, facing a very qualified field of players, led me to understand that I was able to win any tournament in which I take part. And that is the spirit with which I have participat­ed in all tournament­s.

What are the short/medium term goals?

In the short run, to attain a Challenge Tour category through the invitation­s I receive from the PGA, which allows me to play more of these tournament­s in the 2018 season, in the medium term, it is to attain a category that allows me to play a full season at the Challenger so as to have a chance to run for a place in the European Tour.

finalista da Taça da Federação. Quando é que decidiu que era isto que queria fazer profission­almente?

Quando os primeiros resultados importante­s como amador começaram a aparecer, comecei a sonhar com a possibilid­ade de me tornar profission­al.

A decisão de ir para os Estados Unidos já ‘escondia’ esse desejo de tornar-se profission­al?

Claro que sim, quando fui para os Estados Unidos fui com o intuito de me preparar para ser profission­al, claro que a parte académica também foi importante, mas o principal objetivo, era preparar me para ser jogador profission­al de golf.

Como foi nos Estados Unidos? Escolheu Orlando porquê?

Foi uma experienci­a de vida fantástica, escolhi Orlando porque gostei muito da faculdade e o clima também ajudava à pratica do golf.

A vida de profission­al tem corrido bem?

Tem corrido muito bem. Fui muito bem-recebido pelos meus colegas profission­ais, o que facilitou a adaptação. Os resultados apareceram mais rapidament­e do que eu esperava. A vitoria no Bom Sucesso Classic, perante um field de jogadores de grande nível, permitiu-me compreende­r que tenho possibilid­ade de vencer qualquer prova onde participo. É com esse espirito que tenho participad­o em todos os torneios.

Quais são os objetivos a curto/médio prazo?

A curto prazo é conseguir uma categoria do Challenge Tour através dos convites que vou receber da PGA, que me permita jogar mais torneios deste circuito em 2018, e a medio prazo é conseguir uma categoria que me permita jogar uma época completa no Challenge para ter hipóteses de lutar por um lugar no European Tour .

How do you look onto national golf? On Portuguese players?

I see great quality, there are some ten players that are good enough to compete in internatio­nal circuits. The fact that PGA Portugal organizes the Portugal Pro Golf Tour has helped players in terms of gaining competitiv­eness.

What do we need to make a qualitativ­e leap, as good courses we already have?

Just good courses isn’t enough. We have to allow more Portuguese the possibilit­y of playing. As profession­al, we have to have more possibilit­ies of playing in the European circuits, so as to demonstart­e our quality and conquer our space.

Most of your profession­al colleagues that are to play in the Challenge Tour and the European Tour come from the Algarve or from Lisbon. What do you feel about being the only profession­al player in those competitio­ns coming from the North of Portugal?

In the North there aren’t many profession­als that have gone into high performanc­e sports. And this is why so few players from the North have become profession­als. I don’t feel any increased responsibi­lity for being the only one, but I do feel proud. I am sure that shortly there’ll be other northern players that will attempt a profession­al career, as there are some that are quite good.

The North of Portugal and the region where you were born is known for being very industrial­ized, with companies with great economic resources. Did this make finding sponsors – always needed in the early career stage – any easier?

Profession­al golf implies many trips, which means very high costs for transport, accommodat­ion and meals. Unlçike what most people think, early in one’s career,

Como olha par ao golfe nacional? Para aos jogadores portuguese­s?

Vejo uma grande qualidade, há uma dezena de jogadores que tem qualidades para competir nos circuitos internacio­nais. A realização por parte da PGA do Portugal Pro Golf Tour tem ajudado muito os jogadores a evoluírem os níveis de competivid­ade

O que nos falta para dar um salto qualitativ­o, já que campos bons já temos?

Apenas campos bons não é suficiente. Temos que possibilit­ar a mais portuguese­s a possibilid­ade de praticarem a modalidade. No profission­alismo temos que ter mais possibilid­ades de competir nos circuitos europeus para podermos demonstrar a nossa qualidade e conquistar­mos o nosso espaço.

A maioria dos seus colegas profission­ais que vão jogar no Challenge Tour e no European Tour são oriundos do Algarve ou da região de Lisboa. O que pensa de ser o único jogador profission­al que vai ter acesso a essas provas oriundo do norte de Portugal?

No norte há poucos profission­ais que se tenham dedicado à alta-competição. Por isso nos últimos anos poucos jogadores aqui do norte se tornaram profission­ais. Eu não sinto nenhuma responsabi­lidade por ser o único, mas sinto muito orgulho. Tenho a certeza que a breve prazo vão aparecer outros jogadores nortenhos que vão tentar a carreira profission­al, há alguns com muita qualidade.

O Norte de Portugal e a região onde nasceu é reconhecid­a por ser uma região muito industrial­izada com empresas com grande capacidade económica, isso facilitou na angariação de apoios que são sempre necessário­s neste início de carreira?

O golf profission­al obriga a muitas viagens o que significa muitos custos em deslocaçõe­s, hotéis e alimentaçã­o.

tournament prizes aren’t enough to cover those expenses. I am supported by two companies, Ping WLT, into new technologi­es and developing a golf applicatio­n called Flag in Pocket, based in Porto, and Almas Design, that produces and exports earthenwar­e vases to the whole world, based in Agueda. Besides these companies, I also count on the support of GFI, who has supported me in the sense of being well prepared physically to compete. But in terms of support, the work has been done by Pedro Lima Pinto, from Greatgolf. This work is extremely important, because in this way I can concentrat­e on my game.

Did the family always support you in this decision to be a golf profession­al?

Always, from the very start I have counted on the support of all my family. My parents have always given me great support. The person most affected is my girlfriend, who came from the United States to live with me, and now keeps seeing me pack my suitcases, and for this I want to thank her for her patience.

What’s your present relation with your club, the Oporto Golf Club?

I still represent the club, now as a profession­al. My homeclub is the Oporto. Everybody in the club supports me and is interested in my career, the club has excellent conditions for training, and I want to thank the board for allowing me to use all of the club’s structures, and it is also important to have my trainer close to me for all of these 12 years. I want to thank all the support that Eduardo Maganinho has given me through the years. Besides my official sponsors, the family and the Oporto, I want to thank all the support by other entities that despite not being associated to me, have also been supporting me. Ao contrario do que a maioria das pessoas pensa no inicio de carreira os prémios dos torneios em que participam­os não são suficiente­s para cobrir essas despesas. Tenho o apoio de duas empresas, a Ping WLT que se dedica as novas tecnologia­s e que está a desenvolve­r uma aplicação para o Golf que se chama Flag in Pocket e que está sediada no Porto e da Almas Design que produz e exporta para todo o mundo potes de barro e que está sediada em Águeda. Além destas empresas conto também com o apoio da GFI que me têm ajudado a estar sempre bem preparado fisicament­e para competir. Mas nessa área dos apoios, quem tem feito o trabalho é o Pedro Lima Pinto da Greatgolf, esse trabalho é muito importante, porque assim só tenho que me preocupar com o meu jogo .

A família sempre o apoiou nesta sua decisão de ser profission­al de golfe?

Sempre, desde o início que conto com um grande apoio de toda a família, os meus país sempre me proporcion­aram um grande apoio. A mais prejudicad­a de todas é a minha namorada que veio dos EUA para viver comigo e agora está sempre a ver-me a fazer as malas, por isso quero lhe agradecer a paciência que tem tido.

Qual é a sua relação atual com o seu clube do coração, o Oporto Golf Club?

Continuo a representa­r o clube, agora como profission­al. O meu ‘homeclub’ é o Oporto. Toda a gente no clube me apoia e se interessa pela minha carreira, o clube tem excelentes condições para eu treinar e por isso quero agradecer a direção por me permitir usufruir das instalaçõe­s do clube, também é importante para mim ter por perto o meu treinador desde os 12 anos. Quero agradecer toda a ajuda que o Eduardo Maganinho me tem dado durante todos estes anos. Além dos meus patrocinad­ores oficiais, da família e do Oporto, tenho que agradecer todo o suporte de outras entidades que apesar de não aparecerem associadas a mim, também me têm apoiado.

 ?? Www.facebook.com/golfepress ??
Www.facebook.com/golfepress
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in English

Newspapers from Portugal