ESPETÁCULOS
Nos eventos da estação primaveril, o povo é quem mais ordena.
Os 50 anos do 25 de Abril são o mote para o calendário cultural dos meses vindouros. Entre 7 e 17 de março, a 23.a edição do Festival de Animação de Lisboa celebra a Revolução dos Cravos com o tema “Liberdade de Expressão”. Serão exibidos cerca de 300 filmes para além de competições e sessões de encontro com nomes ilustres da animação mundial. Também na capital, a Culturgest dedicou a sua programação de 8 de fevereiro a 9 de maio às celebrações de Abril, acolhendo importantes debates sobre o passado, o presente e o futuro do País, e expondo obras inspiradoras, como o mapa de Fernando Brito, que retrata o relevo de Portugal às 8 horas do dia 25 de abril de 1974.
Em cena no Teatro Maria Matos e, mais tarde, no Coliseu Porto Ageas, A Madrugada que eu Esperava é um musical protagonizado por Bárbara Tinoco e Carolina Deslandes, com texto de Hugo Gonçalves, no qual se desenrola uma história de amor em tempo de ditadura. As datas do espetáculo estendem-se até 31 de maio. E se Salgueiro Maia tivesse chocado com um camião de entrega de pão? Talvez o 25 de Abril nunca tivesse acontecido. Esta é uma premissa para explorar no Teatro Carlos Alberto, no Porto, entre 11 e 27 de abril. O 25 de Abril Nunca Aconteceu é da autoria de Ricardo Alves.
A participação da Odisseia Nacional do Teatro D. Maria II nas comemorações da Revolução dos Cravos leva A Paz é a Paz a palcos em Lisboa, Portalegre e Figueira da Foz, entre 19 de abril e 5 de maio. Criada por UMCOLETIVO, esta peça adota a perspetiva feminina do 25 de Abril – das mulheres que estavam longe, mas também muito perto, dos combates da Guerra Colonial.
Preparam-se ainda momentos de celebração durante a iniciativa Amadora, Cidade de Abril. Merece destaque o lançamento da obra 25 de abril de 1974, Quinta-feira, com prefácio de Luís Pedro Nunes e textos originais do militar Carlos de Matos Gomes. Uma exposição patente na Galeria Municipal Artur Bual acompanhará a obra, disponibilizando, até 23 de junho, trabalhos de Vhils, Alfredo Cunha e Rodrigo Leão.
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