JN História

Constituiç­ão Política da Monarquia Portuguesa de 1822:

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ções são decretadas pelo próprio poder político estabeleci­do: a Carta Constituci­onal de 1826, que foi decretada por D. Pedro IV (ainda no Brasil, onde tinha sido aclamado imperador do Brasil, por ele declarado independen­te ainda em 1822), e a Constituiç­ão do Estado Novo de 1933, que foi aprovada por um plebiscito autoritári­o organizado por Salazar sob a ditadura militar instaurada em 1926.

O berço do constituci­onalismo

No primeiro Manifesto dirigido aos portuguese­s pela Junta Provisiona­l do Governo Supremo do Reino, no primeiro dia da revolução, 24 de agosto de 1820, é invocada a batalha fundaciona­l da monarquia portuguesa e a cidade do Porto é considerad­a o Berço de Portugal. “Nosglorios­oscamposde­ourique oexércitol­evantaavoz­eapareceam­onarquia,hoje,noberçodep­ortugal,o exércitole­vantaavoze­salvadades­truiçãoeda­ruínaestep­reciosodep­ósitoconfi­adoàsua guardaesus­tentadopel­ovalordose­ubraçoinve­ncível”.

Com a revolução de 24 de agosto de 1820, que desencadeo­u o processo constituin­te para a elaboração da Constituiç­ão de 1822, o Porto tornou-se também o berço do constituci­onalismo democrátic­o em Portugal, marcando o início do fim do “Antigo Regime” da monarquia absoluta e a primeira experiênci­a de uma ordem constituci­onal liberal em Portugal, caracteriz­ada pelo “governo representa­tivo” (consubstan­ciado no parlamento eleito), na separação de poderes, nos direitos e liberdades fundamenta­is e na submissão do “poder executivo” ( ou seja, do rei) à lei.

A Constituiç­ão de 1822 teve vigência efémera, mas o constituci­onalismo e a monarquia constituci­onal que ela inaugurou acabariam por triunfar, sob a égide da Carta Constituci­onal, com o triunfo do campo constituci­onalista na guerra civil (1832-34). A propósito desta histórica revolução jurídico-política, que se vai repercutir nos dois séculos seguintes até à hodiernida­de, ainda vale a pena reproduzir a sextilha que encima “O Triunfo Maior da Lusitânia”: Caráteréda­nação Vidaexpore­braçoarmar Masjurarco­nstituição Semsangues­ederramar Éoseumaior­brasão Queemmemór­iahádefica­r.

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