PERGUNTA PARA UM MILHÃO DE EUROS
O que o novo príncipe herdeiro de Riade traz para o petróleo?
Houve mudanças na cúpula do poder na Arábia Saudita. Na semana passada o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, ordenou por decreto a nomeação de Mohammed bin Salman, de 31 anos, como novo príncipe herdeiro, em substituição de Mohamed bin Nayef. Mas que implicações estas alterações poderão ter no mercado petrolífero? “A nomeação de Mohammed bin Salman como novo príncipe herdeiro saudita aparenta ter tido escassa atenção - algo errado na nossa perspectiva”, refere Eugen Weinberg. Numa nota enviada ao Negócios, o responsável pela análise de matérias-primas do Commerzbank passa em revista a ascensão do homem que está agora na linha da frente na sucessão: “Há dois anos, foi-lhe confiado com mais poder do que qualquer príncipe antes dele. É responsável pelo petróleo, pelo ministério da defesa do reino, assim como da política económica e de investimento”. Eugen Weinberg considera que bin Salman irá “provavelmente influenciar a estratégia saudita nas próximas décadas”. E observa que o príncipe herdeiro “nunca escondeu o facto de que quer estabelecer a Arábia Saudita como a mais proeminente potência do Médio Oriente”. O analista do Commerzbank recorda que recentemente bin Salman “descreveu que o diálogo com o Irão era impossível”. As tensões no Médio Oriente têm aumentado, como ficou claro no corte das relações diplomáticas entre vários países, incluindo a Arábia Saudita, e o Qatar. “As tensões no Médio Oriente aumentaram significativamente durante o tempo em que teve cargos de relevo e irão provavelmente subir ainda mais “, antecipa Eugen Weinberg. E apesar de no curto prazo, dar como provável que o preço do petróleo desça, antecipa “subidas nos preços até final do ano devido arazões fundamentais” e por considerar atendências de descida algo excessiva. Ajuntar aisto, com aescolha de bin Salman o potencial para haver mais tensões geopolíticas aparenta ter aumentado.