O que falta para concluir o negócio
Para a Lone Star assumir o controlo do Novo Banco é necessária a autorização de Bruxelas e do BCE. E tem de haver a troca de dívida.
TROCA DE DÍVIDA TEM DE GERAR 500 MILHÕES
Antes de a Lone Star avançar com a compra do Novo Banco esta instituição tem de concluir com êxito uma oferta de troca de dívida destinada a reforçar a sua solidez em 500 milhões de euros. A concretização desta operação é uma condição precedente da alienação. Desta forma procura-se reduzir a probabilidade de o Fundo de Resolução ter de injectar dinheiro no Novo Banco, em resultado de perdas nos activos que estão protegidos por um mecanismo de capital contingente. Para que a oferta avance, falta apenas que os reguladores aprovem as condições de troca já definidas.
BRUXELAS PROMETE DECISÃO RÁPIDA
A Comissão Europeia tem de dar luz verde à compra do Novo Banco pela Lone Star, mas como está implícito no aviso sobre a operação, Bruxelas promete tomar uma decisão rápida. Como a Lone Star apenas tem interesses marginais na banca europeia – é dona de um pequeno banco na Alemanha –, a DGComp avaliará a transacção através de um procedimento simplificado, o que imprime rapidez ao processo. Bruxelas admite decidir até 17 de Julho.
BCE TEM DE APROVAR ENTRADA DA LONE STAR
Outro passo imprescindível à entrada da Lone Star no Novo Banco é a autorização do Banco Central Europeu. No âmbito da sua análise, o supervisor tem de avaliar a idoneidade e a capacidade financeira do investidor norte-americano, bem como o seu plano de negócios para a instituição. O facto de a Lone Star já ter um banco na Alemanha pode ajudar a agilizar esta avaliação.