Potencial para o crescimento
O eixo da A-23 de Proença-a-Nova a Vila Velha de Rodão passando por Castelo Branco tornou-se “um eixo importante de competitividade industrial do país” sublinhou Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
“O modelo dual de desenvolvimento desta região torna ainda mais importante a vossa capacidade de unir esforços em torno de uma estratégia de desenvolvimento empresarial e industrial que unifique a região em vez de a dividir” afirmou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, na sessão de abertura do 1º Congresso da Beira Baixa que se realizou a 26 de maio na AEBB em Castelo Branco. “Aregião soube em alguns sectores que se gosta de chamar tradicionais, mas a que chamo os sectores em que tradicionalmente somos bons, transformar-se em termos competitivos” sublinhou. Deu o exemplo do eixo da A-23 de Proença-a-Nova a Vila Velha de Rodão passando por Castelo Branco que se tornou “um eixo importante de competitividade industrial do país”. Salientou que “alguns dos maiores projectos do Portugal 2020 no apoio ao desenvolvimento industrial foram aprovados para a região e em sectores muito importantes para a nossa competitividade internacional como o sector do papel” e que fazem subir “na escala do valor acrescentado o posicionamento competitivo da região”. Foram aprovados mais de 132 milhões de apoios ao desenvolvimento industrial o que corresponde a quatro vezes mais do peso do emprego no total do país desta comunidade intermunicipal.
Indústria e serviços de valor acrescentado
“Soube fazer a transformação industrial e tornar-se também numa fornecedora de serviços de elevado valor acrescentado. Isto apesar de quando se olhar para as regiões de baixa densidade se olhe para o copo meio vazio”. Mas o ministro referiu que a partir do seu ponto de observação e tendo em conta toda a realidade nacional olha para a região da Beira Baixa com o copo meio cheio. “A força industrial da região foi muito atingida pelas condições económicos internacionais anteriores à crise e pela própria crise, mas é das regiões que mais potencial tem para se reerguer e se está a reerguer com os projectos que foram anunciados” referiu Pedro Marques. A prioridade estratégica é o transporte ferroviário de mercadorias por isso anunciou que a reabilitação do troço da linha da Beira Baixa, da Covilhã até à Guarda deve ser adjudicada e entrar em obra ain- da em 2017: “será reabilitada, reactivada, electrificada e modernizada” acentuou. Acrescentou que “este troço está fechado à quase uma década que foi uma década de interrupção da projecção internacional da Beira Baixa e da região atravessada pelo troço. O investimento será de 90 milhões de euros, e vai ser o maior investimento ferroviário da última década”.
Ligação da A23 ainda demora
Anunciou ainda que a região tem fundos alocados para a sua reabilitação urbana e do património, que o investimento de ligação da A23 com a Espanha terá de ser feita de acordo com os espanhóis e que o compromisso sobre a redução das portagens tinha sido cumprido. “Já foram poupados 6 milhões de euros por aqueles que atravessam a A-23 e mais de um terço foi dirigido as classes de transporte de mercadorias e pesados. “A região reclama mais, mas têm de compreender que os recursos orçamentais são limitados” explicou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas. Terminou referindo que gostaria de convocar a região para as qualificações e a inovação, “dois eixos fundamentais para a competitividade e coesão do país e dos nossos territórios” concluiu Pedro Marques.