O Estado devia criar incentivos irrecusáveis para empresas
Nas regiões do interior, empresas que quisessem produzir riqueza ou saber e conhecimento, porque estes é que fazem a diferença, deveriam ser premiadas.
“O Estado devia criar incentivos irrecusáveis para empresas que produzissem riqueza ou saber e conhecimento, porque estes é que fazem a diferença nas regiões do interior” propôs António Granjeia, administrador Centauro Internacional, no painel “O que é a Beira Baixa Hoje? Que futuro e que desafios? A Regiãovista por dentro” moderado por Raul Vaz, director do Negócios. Recordou que “em 1982 era difícil uma pessoa viver em Castelo Branco quanto mais as empresas”. Quando ficou na moda nos anos 1990 muitas “empresas estrangeiras vieram parase aproveitar dos fundos comunitários, e que depois saíram”. Mesmo assim“houve umaalteração gigantesca nesta região nos últimos 50 anos. Játemos infra-estruturas óptimas e estamos num ponto de viragem para encontrar o nosso futuro” disse António Trigueiros de Aragão, administrador da Fábricas Lusitana. Carlos Coelho, director fabril daCeltejo, falou do cluster dapasta e do papel de Vila Velha de Rodão, que está a criar riqueza. Referiu que o investimento de 100 milhões de euros, 85 milhões dos quais da Celtejo, em Vila Velha, vai criar cerca de 400 empregos directos e mais de mil indirectos. Salientou ainda as ligações às universidades e politécnicos e a necessidade de pessoas qualificadas. “Neste campo há pessoas qualificadas em Portugal e no estrangeiro atraídas pela Celtejo” disse. Nuno Santos, administrador executivo da CCAM Beira Baixa Sul sublinhou que “há muitos projectos na área agrícola que são projectos bem sustentados, muito bem desenhados e em que os promotores têm capacidade financeira para os executar”. É o caso da Cerfundão que se tem notabilizado pela inovação agro-industrial, mas que segundo José Castelo Branco se debate com afalta de mão de obra. “No pico de produção dacerejanão temos mão-de-obra suficiente porque a apanha da fruta não é possível de mecanizar”. Além disso têm “falta de engenheiros, fruticultores, agrónomos”. Hádificuldade em atrair pessoas para esta região: “precisamos que venham e se fixem” disse José Castelo Branco. “