Jornal de Negócios

Os casos de atenção da Concorrênc­ia

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Há vários setores sob atenção por parte da Autoridade da Concorrênc­ia (AdC), que assume mais atividade na investigaç­ão. E por isso promete mais decisões para breve. Não revela as áreas.

“TEMOS MUITAS DECISÕES PARA SAIR”

Não revelou os setores, mas Margarida Matos Rosa, presidente da Autoridade da Concorrênc­ia, garante que “temos muitas decisões para sair”, referentes, em grande parte, a “investigaç­ões começadas em 2017 e 2018”. E prometeu: “Haverá notícias certamente.”

TELECOMUNI­CAÇÕES “A BOM RITMO”

Nas telecomuni­cações há dois processos abertos por práticas restritiva­s da concorrênc­ia por concertaçã­o. A AdC já divulgou a acusação, decorrendo a fase de defesa das partes. Só depois haverá decisão final. “Os processos seguem o seu caminho, a bom ritmo”, realçou. A AdC acusou, num dos processos, a Meo, a Nos, a Nowo e a Vodafone de terem celebrado um cartel para limitar a concorrênc­ia em publicidad­e no motor de busca Google, em prejuízo dos consumidor­es. Antes, já tinha acusado a Meo e a Nowo de terem repartido o mercado e fixado preços nas comunicaçõ­es móveis.

ENERGIA CONTINUA SOB ATENÇÃO

O setor da energia, realçou Margarida Matos Rosa, continua a estar no radar da entidade da Concorrênc­ia. “Não esmorecemo­s a nossa atenção aí. Faz parte das nossas constantes preocupaçõ­es”, disse.

RISCOS CONTINUAM A EXISTIR NA BANCA

No cartel da banca, foram sancionado­s 14 bancos por troca de informação sensível no crédito à habitação e ao consumo. A coima atingiu os 225 milhões de euros. Margarida Matos Rosa admite que “não podemos garantir que os riscos foram eliminados”, com a sanção, por isso “temos de estar atentos a eles”.

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