A Agustina dos contos iniciais (+ inéditos)
A mudança de editora de Agustina (da Babel para a Relógio d’Água) desencadeou o mesmo dilema da mudança de Saramago (da Caminho para a Porto Editora): como revitalizar a obra de um autor que já não escreve nem está no espaço público? Não há muito mais a fazer, por mais que os envolvidos digam o contrário. Novas capas, conferências, etc. Nada por aí além. A não ser que apareça um inédito, o que é raro, ou, quando aparece, pouco acrescenta. No caso de Agustina (1922-2019), surge agora um livro de contos, que compreende as primeiras histórias nesse género e cinco contos inéditos. Grande parte deles datam dos anos 1940. O prefácio e a organização são de Mónica Baldaque, que fala de Agustina e de Alberto Luís como se não fossem os seus pais. Chega a falar dela própria na terceira pessoa.