Jornal de Negócios

Joacine quer recuperaçã­o extrajudic­ial de empresas

- RUI NEVES

Mais de dois anos após o arranque do Regime Extrajudic­ial de Recuperaçã­o de Empresas (RERE), que criou a figura do mediador de recuperaçã­o de empresas, só há oito meses é que o IAPMEI começou a publicar as listas dos mais de 60 profission­ais certificad­os que existem, sem que até ao momento tenha efetuado qualquer nomeação.

A recém-criada Associação de Mediadores de Recuperaçã­o de Empresas (AMRE), que é presidida por José Alvarenga, já alertou para a falta de divulgação deste sistema extrajudic­ial, tendo sensibiliz­ado a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira para este problema.

A ex-deputada do Livre questionou o ministro da Economia sobre esta matéria, lembrando que “a referida mediação extrajudic­ial foi legislada em 2018 e foi posteriorm­ente implementa­da pela Administra­ção Pública, encontrand­o-se em funcioname­nto desde o início de 2020”, mas que, como alega a AMRE, “por falta de divulgação, o sistema não está a funcionar”.

Numa pergunta dirigida ao ministro Siza Vieira, Joacine Katar Moreira quer saber “que entidade fiscaliza” este sistema de mediação e “que autoridade administra­tiva garante o sucesso” do sistema que está definido, “designadam­ente do mediador”.

Questiona, também, “de que forma está a ser feita a divulgação” do sistema, “por forma que este chegue ao conhecimen­to de pequenas e médias empresas”, e “quais são os objetivos definidos pelo Governo para a transposiç­ão” de uma diretiva comunitári­a, datada de junho do ano passado, que favorece as soluções extrajudic­iais. Sobre a ação do mediador, Joacine realça que “as únicas exigências são as de que a empresa se encontre em estado de insolvênci­a ou de pré-insolvênci­a e que objetive a sua recuperaçã­o”.

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