Linhas de crédito podem custar 120 milhões
Os encargos com a execução de garantias das linhas de crédito para as empresas deverão crescer de 30 milhões de euros este ano para 120 milhões em 2021, prevê o Orçamento do Estado. Um montante ainda assim reduzido face ao crescimento muito significativo das garantias prestadas.
As Finanças estimam fechar este ano com cerca de 6.000 milhões de euros em garantias no âmbito das linhas de crédito lançadas para apoiar a tesouraria das empresas e que foram canalizadas através do setor financeiro. Se o devedor não saldar o empréstimo, o banco executa a garantia junto do Estado, o que este ano deverá custar 30 milhões. Mas o encargo vai subir.
O Orçamento para 2021 prevê o lançamento de até mais 6.000 milhões em linhas de crédito garantidas pelo Estado, pondo a fasquia perto dos 13.000 milhões autorizados pela Comissão Europeia. O custo com a execução das garantias também dispara para 120 milhões.
Este encargo poderá continuar a aumentar nos próximos anos, se mais empresas forem incapazes de reembolsar os empréstimos. Uma das condições das linhas é a carência de capital durante 12 a 18 meses. Quando esse prazo passar, é provável que mais empresas deixem de conseguir pagar, levando a banca a acionar as garantias.
Já foram lançadas linhas no valor global de 6.200 milhões, já esgotadas, a que se juntaram outras duas, de 1.400 milhões, ainda disponíveis. Estas últimas destinam-se a médias, micro e pequenas empresas e preveem financiamentos entre 50 mil e 2.000 euros, com prazos até seis anos.