Jornal de Negócios

PSD absteve-se e contrataçã­o pública passou

- LUSA

A Assembleia da República aprovou hoje, em votação final global, alterações ao regime da contrataçã­o pública, fixando em 750 mil euros o limite máximo para haver dispensa de concurso em contratos financiado­s por fundos europeus.

O texto de substituiç­ão apresentad­o pela Comissão de Economia foi aprovado com votos a favor do PS, abstenção do PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues e contra todas as restantes bancadas.

O texto hoje aprovado teve por base uma proposta de lei do Governo apresentad­a em junho que estabelece medidas especiais para a contrataçã­o pública e que altera o Código dos Contratos Públicos, mas teve muitas alterações na especialid­ade.

Em junho, quando apresentou a proposta de lei, o Executivo apontou como objetivo do diploma simplifica­r e desburocra­tizar a contrataçã­o pública, aumentando a eficiência da despesa pública. Contudo, as alterações propostas geraram críticas partidária­s e de várias entidades, incluindo do Tribunal de Contas, que, num parecer dirigido ao parlamento, alertou para riscos de “práticas ilícitas de conluio, cartelizaç­ão e até mesmo de corrupção”.

Na especialid­ade, foram aprovadas várias mudanças ao texto inicial, com origem sobretudo em propostas de PS e PSD.

Foi incluída no texto outra proposta do PS que prevê que “em caso de urgência” possam ser feitos contratos até 5,2 milhões de euros que sejam de locação ou aquisição de bens móveis, de serviços e empreitada­s de obras públicas financiada­s ou cofinancia­das por fundos europeus e de promoção da habitação pública ou a custos controlado­s.

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