Jornal de Negócios

Novo crédito às empresas em máximos de 6 anos

Entre janeiro e outubro deste ano, a banca concedeu quase 29 mil milhões de euros em novo crédito às empresas, o valor mais elevado desde 2014.

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A concessão de novo crédito às empresas está no nível mais elevado desde 2014, num ano marcado pela disponibil­ização de linhas de crédito garantido pelo Estado para mitigar o impacto da pandemia. O crédito à habitação também acelera, numa altura em que os juros são cada vez mais baixos.

Os dados foram divulgados na quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) e dizem respeito às novas operações de crédito em outubro. Nesse mês, a banca concedeu 2.027 milhões de euros às empresas, elevando para 28.889 milhões o total concedido no conjunto de janeiro a outubro deste ano.

Esse valor representa uma subida homóloga de 9,4% e é o mais elevado desde 2014, altura em que o novo crédito às empresas, no conjunto destes dez meses, ultrapassa­va os 34,5 mil milhões de euros.

Apesar da maior procura, os juros estão a aumentar. Depois de ter atingido um mínimo de 1,56% em maio deste ano, altura em que foi disponibil­izada a maior parte das linhas de crédito garantido pelo Estado, a taxa de juro média das novas operações de crédito concedido às empresas foi aumentando nos últimos meses e fixou-se em 2,07% em outubro, aproximand­o-se, novamente, dos valores que eram registados no início deste ano.

No crédito à habitação, a tendência de cresciment­o verificada ao longo deste ano manteve-se em outubro. Nesse mês, a banca concedeu 976 milhões de euros, uma subida homóloga de 2%.

Entre janeiro e outubro, foram concedidos 9.073 milhões neste segmento, um aumento de 6% em relação a igual período do ano passado e o valor mais elevado desde 2008.

Também o consumo cresceu, tendo sido concedidos 391 milhões de euros em novas operações, elevando para 3.615 milhões o total registado de janeiro a outubro.

Em ambos os casos, os juros estão a cair. A taxa de juro média do novo crédito à habitação fixou-se em 0,87%, um novo mínimo histórico, enquanto no crédito ao consumo caiu para 6,43%.

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