Corte nos subsídios de desemprego cai já
O primeiro-ministro anunciou no Parlamento que a partir do próximo dia 1 de Junho começará a ser revertido parcialmente o corte de 10% aplicado aos subsídios de desemprego mínimos. Costa anunciou que o corte aos subsídios de desemprego mais baixos será revertido a partir de Junho.
Oprimeiro-ministro, António Costa, anunciou esta terça-feira, no Parlamento, que a partir de 1 de Junho começará a ser gradualmente revertido o corte de 10% aplicado aos beneficiários dos subsídios de desemprego mais reduzidos. À boleia do momento positivo da economia nacional, e com o objectivo de “ir melhorando as condições de vida” da população portuguesa, António Costa revelou que no início de Junho o Governo vai “reverter parcialmente esse corte [de 10%] no subsídio de desemprego com a introdução de uma norma travão para que esse corte não coloque ninguém abai- xo do limiar do indicador do apoio social”. O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social estima que esta medida abranja “cerca de 58% dos beneficiários de subsidio de desemprego”. O primeiro-ministro referia-se à medida adoptada, em 2012, pelo anterior Governo, que implicou que as prestações de desemprego iniciadas a partir dessa altura sofressem um corte de 10% seis meses após o beneficiário ter começado a rece- ber o subsídio de desemprego. Esse corte abrangia todos os subsídios, mesmo os mais baixos, incluindo os de valor equivalente ao Indexante de Apoios Sociais (IAS), cujo valor em 2017 está fixado nos 421,32 euros. A garantia dada por António Costa surgiu em resposta à intervenção feita por Jerónimo de Sousa no debate quinzenal de ontem. O secretário-geral comunista instou Costa a rever este corte, considerando “urgente” a reversão de uma medida cujos efeitos agravam a desigualdade. “Era importante dar uma melhor resposta na prestação de apoios aos desempregados”, disse Jerónimo. O fim do corte de 10% no subsídio de desemprego – embora para todos os beneficiários – tinha já sido colocado em cima da mesa pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP com vista ao Orçamento do próximo ano.