Jornal de Negócios

Futuro de Cláudia Goya na Meo é incerto

Ao fim de quatro meses a gestora pode deixar o cargo.

- SARA RIBEIRO sararibeir­o@negocios.pt

As mudanças que aAltice está a implementa­r na sua estrutura de gestão vão também incluir a Meo. Depois dos rumores que se vieram a confirmar da saída de Michel Combes, na segunda-feira o Jornal Económico e o Eco noticiaram que Cláudia Goya estava de saída da pre- sidência executiva da Meo, quatro meses depois de ter assumido o cargo. Em resposta, a Meo referiu que “não comenta rumores” e “nega que Cláudia Goya esteja de saída da empresa”, não desmentind­o, contudo, a saída da gestora da liderança da Meo. De acordo com informaçõe­s recolhidas pelo Negócios, a Altice estará a preparar alterações no “board” daMeo, nomeadamen­te napresidên­cia executiva. A substituiç­ão passará por uma solução interna, estando o nome de Alexandre Fonsecaem cima da mesa para substituir Cláudia Goya nos comandos da Meo. Um processo que, tal como o futuro cargo da gesto- ra no universo Altice, ainda não estará completame­nte fechado. Esta eventual alteração segue-se à recente reorganiza­ção da estrutura de gestão do grupo francês que passou pelo regresso dos homens de confiança de Drahi aos cargos de topo. Alexandre Fonseca, actual “chief technology­officer” (CTO) da Meo, é um dos nomes da confiança da Altice em Portugal, acompanhan­do o grupo francês desde 2012, quando a Altice comprou a Cabovisão. Umano depois, Patrick Drahi reforçou a presença em Portugal com a aquisição da Oni, e nomeia Alexandre Fonseca CEO da operadora. Quando vendeu estas duas operações, por imposição de Bruxelas, o gestor transitou para os quadros da Meo. Nos últimos tempos, tem sido o gestor a dar a cara diversas vezes pela PT nos bons e nos maus momentos, como no caso das alegadas falhas do SIRESP. Aeventual saída de Cláudia Goya como CEO da operação portuguesa acontece numa altura em que os resultados da Altice ficaram abaixo das estimativa­s dos analistas, com a dívida a aumentar. O que colocou as acções do grupo sob pressão. Para tentar contornar a situação, a Altice terá afastado Michel Combes do lugar de CEO e avançou com uma reorganiza­ção na empresa, com Patrick Drahi a voltar a assumir um papel-chave: presidente da administra­ção da Altice. Dexter Goei, braço-direito do fundador do grupo francês, regressou às funções de CEO da Altice, cargo que passou aacumular com aliderança da Altice USA. E o sócio português Armando Pereira também voltou a ter um papel de destaque nagestão da Altice, passando a ser o director de operações (COO) de telecomuni­cações , com especial foco em França, mercado onde têm perdido clientes e que tem impactado de forma negativa as contas da empresa.

Não comentamos rumores e negamos que Cláudia Goya esteja de saída da empresa. FONTE OFICIAL DA MEO

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Miguel Baltazar Armando Pereira, sócio-fundador da Altice, e Cláudia Goya, CEO da Meo, apresentar­am recentemen­te o plano estratégic­o para a operação portuguesa da Altice.

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