Jornal de Negócios

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Todas as fotografia­s podem ser banais, mas é o olhar de quem captura as imagens que as torna diferentes umas das outras. Desde sempre a fotografia é encarada como a mais democrátic­a das formas de expressão visual, exactament­e pela sua acessibili­dade, quer técnica quer formal. Se isto era assim quando a Kodak introduziu a Brownie em 1990 e tornou a fotografia acessível a quase toda a gente, hoje em dia os smartphone­s, e particular­mente o iPhone, foram ainda mais longe e puseram no bolso de cada um de nós uma máquina fotográfic­a com assinaláve­l qualidade, disponível em qualquer momento e em qualquer lugar. É por isso que me interesso pelas fotografia­s feitas com smartphone­s. Esta semana abriu em Lisboa, na Galeria Giefarte uma exposição de fotografia­s feitas com iPhone, da autoria de Alexandra C (na imagem). Escrevi no texto do catálogo da exposição, que Alexandra C. procura com as suas fotografia­s colecciona­r o mundo e é isso que me fascina nesta exposição – a sinceridad­e e a diversidad­e do olhar. Até 30 de Abril na Rua da Arrábida 54, em Lisboa. Outro destaque: em Ponta Delgada, na Galeria Fonseca Macedo, até final de Abril, Pauliana Valente Pimentel expõe “O Narcisismo das Pequenas Diferenças”, 27 fotografia­s realizadas em 2017 durante uma residência em São Miguel onde centra o seu olhar na observação de um grupo de jovens micaelense­s e nas relações que estes mantêm com os locais, e com os costumes da ilha.

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