Voluntários deram dicas sobre arranjo de bicicletas a meia centena
Não basta adquirir uma bicicleta para a manter a rodar. É preciso saber cuidar dela. Foi isso que pensou a Ciclaveiro, um grupo informal de pessoas que promove o uso da bicicleta como meio de deslocação, quando há um ano criou as cicloficinas, em Aveiro.
Duas vezes por mês, o grupo promove encontros em que ensina, gratuitamente, a fazer pequenos arranjos e troca ideias e experiências. No segundo sábado de cada mês, o encontro é junto ao mercado Manuel Firmino. Já na quarta quinta-feira do mês, é na Universidade de Aveiro.
Neste primeiro ano, os voluntários receberam meia centena de pessoas, que procuraram, sobretudo, ajuda para afinar travões, arranjar mudanças, correntes e mudar câmaras de pneus.
Ferramentas e conhecimento
“A ideia é capacitar as pessoas para tomarem conta da bicicleta. Não substituímos as oficinas, mas emprestamos ferramentas e conhecimento às pessoas” para poderem realizar tarefas simples, explica César Rodrigues, da Ciclaveiro. “Uma vez um senhor trouxe uma bicicleta estragada, que tinha parada em casa, e começou a usá-la regularmente”, conta.
Na última cicloficina, César Rodrigues ajudou o massagista Tiago Soares, 40 anos, a arranjar as mudanças da bicicleta. “Estavam desapertadas e não conseguia arranjar sozinho. Com companhia é sempre melhor e aproveitamos para trocar ideias”, diz Tiago Soares, que recorre à bicicleta para se deslocar, diariamente, entre Ílhavo, onde reside, e a Universidade de Aveiro, onde estuda. Por dia percorre cerca de 15 quilómetros, mas quando tem tempo vai mais longe, até á praia da Costa Nova. “Poupo tempo e dinheiro porque são deslocações pequenas, e é divertido”, diz.