Greve ameaça fechar amanhã escolas, setor da saúde e finanças
Escolas, tribunais, hospitais e autarquias deverão ser os serviços com mais portas encerradas ao público Lista de motivos das greves pouco tem mudado, mas requalificação e 35 horas ganham peso
Sindicatos da Função Pública voltam a juntar esforços na realização de uma greve geral que pretende lutar contra a requalificação e pela reposição do horário das 35 horas semanais de trabalho.
Desde 8 de novembro de 2013 que o país não assistia a uma greve geral subscrita pelas várias confederações e sindicatos da Função Pública. Este período de tréguas vai ser interrompido amanhã, com os representantes dos trabalhadores a contestarem a requalificação, o aumento do horário de trabalho e a manutenção dos cortes salariais. Escolas, hospitais, tribunais e repartições públicas vão ser os serviços com mais portas encerradas ao público.
“Os trabalhadores que viram o seu horário e o volume de trabalho aumentar, sem que tivessem qualquer acréscimo remuneratório, têm fortes motivações para aderir a esta greve”, salienta o secretário-geral do Sintap/Fesap, José Abraão, apontando as escolas, autarquias e hospitais como alguns dos exemplos que cabem bem naquele diagnóstico. A convicção é de que a adesão dos trabalhadores será proporcional ao seu descontentamento.
Também Ana Avoila acredita que a adesão à greve será elevada. “As pessoas estão muito saturadas, o que observamos por todo o lado é um grande sentimento de indignação”, refere a coordenadora da Frente Comum, o que a leva a antecipar que eventuais receios por parte de alguns funcionários de irem parar a uma lista de requalificação não os vai impedir de fazer greve nesta sexta-feira.
O facto de a greve ter sido convocada pelas três estruturas sindicais transversais (Frente Comum, Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Federação de Sindicatos da Administração Pública), e reforçada com os préavisos de vários sindicatos setoriais, irá contribuir para uma maior adesão: “As indicações que estamos a receber desde há quatro dias são demonstrativas do descontentamento e da vontade de as
ESCOLAS, HOSPITAIS E TRIBUNAIS DEVERÃO SER DOS SERVIÇOS COM MAIS ADESÃO