Autarca não aceita perder verbas da ferrovia
O PRESIDENTE da Câmara de Viana do Castelo disse ontem esperar que as verbas a candidatar pela Refer a Bruxelas para a modernização da Linha do Minho “não sejam, mais uma vez, desviadas para outros fins”. “Espero que o dinheiro para a candidatura agora anunciada não seja, mais uma vez, desviado para outros fins como aconteceu depois da informação que o primeiro-ministro transmitiu ao Eixo Atlântico, numa reunião realizado no Palácio de São Bento, em julho de 2012, e em que os dinheiros previstos para a Linha do Minho foram para as obras do Alqueva”, sustentou.
A reação do autarca socialista de Viana do Castelo, líder da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e membro do Eixo Atlântico surge na sequência do anúncio de uma candidatura a apresentar pela Refer aos fundos europeus, no montante de 147 milhões de euros. “Esperamos que desta vez a candidatura seja uma candidatura a sério”, adiantou.
Segundo o “Jornal de Negócios”, a modernização e eletrificação daquela ligação ferroviária é um dos quatro “grandes projetos” na ferrovia que a Rede Ferroviária Nacional quer aos fundos europeus. De acordo com o jornal, o projeto da Linha do Minho inclui intervenções na via e nos sistemas de sinalização. José Maria Costa lamentou que “só agora” esta candidatura esteja a ser apresentada a Bruxelas quando, na reunião com o Eixo Atlântico, em julho de 2012, “o senhor primeiro-ministro não só se comprometeu a candidatar a modernização da Linha do Minho a fundos do quadro comunitário que agora termina, como também a um calendário para a sua execução”. “É uma infraestrutura vital para a coesão e desenvolvimento económico da eurorregião Norte de Portugal/Galiza e que corresponde aos anseios dos municípios, empresários e universidades”.
“Que o dinheiro para a candidatura agora anunciada não seja, mais uma vez, desviado para outros fins”. José Maria Costa CIM Alto Minho