LEÃO QUER SORTEIO CONDICIONADO
Sporting propôs um novo formato para a arbitragem. Mas clubes preferem distribuição pura ou nomeações
HÁ FALTA de meio-termo no futebol português. Na reunião mantida ontem com os jornalistas, a Direção do Sporting criticou a incapacidade de os clubes chegarem a um compromisso e deu como exemplo a questão da arbitragem. Os leões apresentaram uma solução que poderia servir tanto aos clubes que preferem o sorteio puro como aos emblemas que estão do lado das nomeações: a distribuição condicionada de árbitros, consoante o grau de dificuldade atribuído aos jogos.
Também em relação à centralização dos direitos televisivos a partir de 2018, o Sporting mantém uma opinião abrangente. Prefere o modelo italiano, “com alguns ajustes à realidade portuguesa”, como ponte progressiva para o modelo inglês. Fora de questão está o espanhol, bicéfalo: Real Madrid e Barcelona dominam. Em Alvalade, teme-se “arranjinho” entre Benfica e F. C. Porto. “Parecenos que é isso que está a ser feito”, diz a mesma fonte. E sobre a luta contra os fundos de investimento, o leão lançou-se de novo aos dois rivais. A Direção do clube verde e branco deixou no ar a ideia de que há dirigentes encarnados e portistas a lucrar com as transferências de jogadores. “Era interessante ver uma declaração de rendimentos de dirigentes... Se calhar, percebiam-se algumas coisas em relação aos fundos”, afirmou.
Por outro lado, referindose ao final do acordo com a PT, os sportinguistas explicam que estão ainda em processo de análise as propostas para a publicidade nas camisolas, mas o retorno vai ser inferior: “Os valores devem descer por causa da péssima imagem do futebol português”. Já as ofertas para o naming do Estádio José Alvalade, “não têm sido satisfatórias”.