Acerto defensivo anula criatividade
O EMPATE sem golos foi o resultado natural de um jogo entre duas formações que sofrem poucos golos (são as melhores defesas da competição) e que estão separadas por três pontos na tabela. A lógica acabou por prevalecer muito por culpa da estratégia montada pelo “senhor 2.ª Liga”, Vítor Oliveira. Ciente dos pontos fortes da equipa, jogou com duas linhas baixas, que cortaram a criatividade azul, e com um jogador sozinho na frente, Mendy, um francês com classe para outros voos.
O Freamunde, com um meio campo preso por arames, nunca conseguiu impor um ritmo elevado e revelou fraca pontaria nas situações que dispôs. Ansumane foi quem esteve mais perto do golo, mas a bola nunca levou a melhor direção. No outro lado do campo, onde a bola ia poucas vezes, Mendy sentiase como uma ilha no oceano, rodeado de defesas por todo o lado.
As substituições operadas tornaram o jogo mais rápido, mas o desacerto manteve-se e o jogo foi-se arrastando, sem ninguém desequilibrar.
No único remate que levou a direção da baliza, da autoria do belga Djim, Soares substituiu o seu guarda-redes. Um lance que surgiu na sequência de um canto, tal como a melhor oportunidade do União, com o brasileiro Talles, lançado ao intervalo, a rematar cruzado, ao lado.
O final do encontro foi penoso, com vários jogadores a ressentirem-se de uma época que já vai longa e começa a entrar na fase de decisão. Vítor Oliveira União PERANTE o seu público, o Chaves consentiu um empate a uma bola em casa frente ao Oriental, após estar a vencer com um golo de João Vieira (50m) e já depois de Amorim (59m) ter sido expulso por acumulação de amarelos. A primeira parte terminou com um nulo, embora as equipas tivessem criado oportunidades de golo, primeiro o Oriental, com cabeceamentos de Leonel e Hugo Grilo, que Stefanovic defendeu. Na resposta, Arnold atirou ao lado e, depois, nem o congolês, nem João Vieira, conseguiram finalizar o cruzamento de Hugo Santos.
O Chaves entrou melhor na segunda parte e colocou-se em vantagem, aos 50 minutos, com um golo de João Vieira, na sequência de um canto apontado por Sagna no lado direito. O avançado, no lance seguinte, rematou à figura de Janota.
O Oriental, que nunca desistiu, chegou ao empate já perto do final da partida, com Mauro a concluir uma jogada de insistência do ataque visitante.
Chaves
“Não foi um jogo jogado. O canbem saço é evidente nesta fase da época. O empate acaba por ser justo”
Oriental