Vítor Pereira outra vez no vulcão da bola grega
O PORTUGUÊS metido em alhadas no sulfuroso futebol grego. Após os incidentes de há três semanas, no não menos enxofrado dérbi com o Panathinaikos, que levaram à suspensão da liga grega, o treinador do Olympiacos voltou a comprar barulho e a estar na origem da interrupção e suspensão de mais um jogo.
A bronca estalou ontem, num jogo da Taça da Grécia, com outro rival de Atenas, o AEK. Um dérbi igualmente ferrenho e frequentemente manchado por cenas de violência. Um histórico que recomendava toda a cautela, mas que Vítor Pereira não ve- rificou. O ex-técnico do F.C. Porto saiu do banco em correria para celebrar o golo do argentino Jara, que daria a vitória sobre o AEK (1-0), a dois minutos do final, e o apuramento para as meias-finais, após o 1-1 caseiro, na primeira mão. Tudo estaria bem se os adeptos do AEK não tivessem visto nos festejos do treinador e dos jogadores rivais excessos e provocações.
Pereira justificou-se: “Talvez eu estivesse entusiasmado, mas senti que tinha de celebrar com a minha equipa. Se acham que festejei daquela forma de propósito, para provocar, estão errados”.
O certo é que aquilo foi um fósforo. Num instante, centenas de fanáticos do clube lí- der da segunda liga grega invadiram o relvado. E toda a gente foi a correr para os balneários, incluindo Pereira. O jogo foi interrompido. Não foi reatado. Uma bota para a Federação grega descalçar.
Nada, afinal, que fosse previsível durante o jogo decorrido no Olímpico de Atenas, onde Vítor Pereira até foi, momentos antes da bronca, protagonista de uma cena hilariante... Na urgência do Olympiacos, que estava eliminado com o 0-0, o português saiu disparado da área técnica para apanhar uma bola. Deu valente malho na pista! Vítor ergueu-se e sacudiu-se. Riu-se, olimpicamente, dos aplausos sarcásticos. O pior veio depois...