Pesadelo
Reportagem do enviado JN Nuno A. Amaral
Uma exibição desastrosa em Munique acabou com o sonho do F. C. Porto na Champions. O jogo de ontem provou que as aspirações portistas eram isso mesmo: um sonho que a dura realidade da diferença de valores entre o Bayern e os dragões tratou de desfazer muito cedo, sem deixar margem para dúvidas quanto ao desfecho da eliminatória. Se nunca tinha conseguido virar uma desvantagem de dois golos na Champions, a equipa bávara precisou de apenas 22 minutos para se colocar em vantagem, no contexto de uma primeira parte absolutamente brilhante dos homens de Guardiola, que não deram nenhum sinal da fragilidade demonstrada na semana passada no Dragão.
É um facto que Julen Lopetegui não tinha nenhum dos dois laterais habituais disponíveis, devido aos castigos de Danilo e Alex Sandro, mas a invenção de colocar Diego Reyes no lado direito da defesa, quando o internacional mexicano nunca tinha sido utilizado nessa posição, também não ajudou nada. O F. C. Porto entrou com medo na partida, quando se exigia coragem e determinação para pressionar um adversário que é superior, mas que nem sempre é perfeito. Ontem, foi-o, perante uma equipa azul e branca perdida em campo, que viu os problemas agudizaremse ao ritmo alucinante dos golos do Bayern, cinco ainda na primeira parte.
Depois de Goetze ter acertado no poste, logo aos dez minutos, a baliza portista foi assaltada pelos alemães como se não houvesse amanhã. Thiago Alcântara, Boateng, Lewandovski, Mueller e outra vez Lewandowski marcaram antes do intervalo, em cerca de meia hora que foi um autêntico vendaval de futebol germânico, perante um F. C. Porto apático, sem capacidade ofensiva, sem reação, sem rasgo, sem inspiração, sem guarda-redes capaz de fazer o que quer que fosse, sem nada... Lopetegui bem esbracejou, tirou Reyes e meteu Ricardo Pereira aos 32 minutos, para tentar corrigir a falhada aposta inicial, mas, nessa altura, já o jogo e a eliminatória estavam fora de alcance.
A segunda parte do Bayern foi menos exuberante, até porque era quase impossível manter o ritmo da primeira, e o F. C. Porto estancou a hemorragia, embora o golo de Jackson Martínez tenha sido