Ciclistas com incentivos fiscais
Guimarães Câmara prepara ‘revolução’ na mobilidade urbana. Rede de ecovias é o primeiro passo para um concelho ciclável em 2017
A partir de 2017, Guimarães não vai ser a mesma. O plano de promoção para o uso da bicicleta apresentado recentemente pela Câmara prevê uma autêntica “revolução” na forma como se desenha a mobilidade. As medidas abrangem todos os setores da sociedade e vão desde incentivos fiscais à compra de bicicleta ou criação de uma vasta rede de ecovias que se pretende que chegue a todo o concelho num futuro próximo.
O primeiro passo é a construção de uma ecovia de nove quilómetros que passa por todos os locais mais importantes da cidade: hospital, tribunais, parques de lazer, estações rodoviárias e ferroviárias, espaços culturais e de ensino. Este é o “esqueleto”, como lhe chamou o arquiteto Filipe Fontes, da Câmara, e vai desde a encosta de Mesão Frio até à veiga de Creixomil.
O vereador do ambiente, Amadeu Portilha, assinala que o objetivo é “que as pessoas passem a utilizar os percursos cicláveis nas deslocações para o trabalho”. Para isso, a Autarquia vai criar um incentivo fiscal à aquisição e utilização da bicicleta para fins profissionais. “Ainda estou a estudar com o presidente a melhor forma de se aplicar este incentivo, mas vai acontecer”, acrescenta.
O “esqueleto” da ecovia é a primeira fase do plano e fica construído “o mais tardar até 2017”, garantiu Domingos Bragança, presidente da Câmara. A segunda fase, calendarizada para 2020, passa por ligar o “esqueleto” às vilas de Pevidém, Ronfe, Brito, Taipas, Ponte e São Torcato. Depois, cada uma destas vilas vai ter ramificações para todas as freguesias do concelho. “Pretendo que esta seja uma ligação por todo o território”, frisou
Domingos Bragança. Energias renováveis Ao longo da rede de ecovias, vão existir jardins e equipamentos de lazer. Mas a novidade é a utilização de materiais que, à passagem de pessoas ou bicicletas, produzem energia: “Quero que os percursos sejam construídos com materiais que tenham a ver com as energias renováveis. Alguns percursos mais utilizados não vão gastar energia,
mas vão produzir energia”.