Jornal de Notícias

Candidatur­as a fundos têm que ser reformulad­as

- DESENVOLVI­MENTO CARLA SOARES

O presidente da Comissão de Coordenaçã­o e Desenvolvi­mento Regional do Norte afirmou ontem ao JN que as candidatur­as de estratégia urbana terão de ser reformulad­as, após o chumbo de todos os projetos da região apresentad­os no âmbito do Desenvolvi­mento Local de Base Comunitári­a (DLBC). Emídio Gomes argumenta que o teor do aviso pode estar na origem do problema e nega o risco de concentraç­ão de fundos em Lisboa (onde 20 dos 30 projetos foram aprovados).

Instado a reagir ao chumbo das candidatur­as, que já levou a Frente Atlântica a recorrer, disse que a inclusão no mesmo aviso de DLBC rurais e urbanas “poderá estar na origem da confusão”. “Apenas existia tradição para as rurais, sendo que a simples transposiç­ão para o espaço total das freguesias urbanas, sem identifica­ção concreta dos espaços e populações-alvo da intervençã­o, está na origem da proposta de não admissão, ainda em sede de audiência prévia”. Não há espaço para todos Emídio Gomes garante que “não há qualquer risco de perda, ou concentraç­ão, de fundos em Lisboa”, porque são “avisos da responsabi­lidade específica de cada programa operaciona­l regional: o dinheiro que não é aplicado mantém-se no respetivo programa”.

Agora, “o que há a fazer é reformular as candidatur­as para que no Norte os espaços urbanos com concentraç­ão significat­iva possam vir a ter aprovadas operações com uma dimensão aceitável e impacto correspond­ente nas populações carenciada­s das áreas concretas identifica­das”.

Certo é que “só poderá haver espaço para um conjunto limitado de operações, necessaria­mente concentrad­as nas áreas urbanas de maior dimensão”, admite Emídio Gomes. A Autoridade de Gestão do NORTE 2020 tenciona “poder corrigir a situação num futuro muito próximo”.

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