Jornal de Notícias

Ana Manso admite erro mas crime não

Guarda Antiga presidente da Unidade Local de Saúde julgada por abuso de poder

- Madalena Ferreira policia@jn.pt

”Não cometi ilegalidad­e absolutame­nte nenhuma”. Foi assim que Ana Manso, a antiga presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, iniciou a sua defesa na primeira sessão do julgamento em que é acusada de abuso de poder. Segundo a acusação, nomeou o marido, Francisco Manso, para o lugar de auditor da instituiçã­o que dirigiu entre dezembro de 2011 e novembro de 2012. “Cometi um erro, assumo, porque o gabinete jurídico não me alertou para o facto”, precisou Ana Manso.

Francisco Manso foi nomeado pela Administra­ção a 7 de março de 2012 passando, na prática, a fiscalizar a gestão da instituiçã­o dirigida pela mulher. Tinha sido transferid­o de Castelo Branco. Ana Manso absteve-se e Miguel Martins, um vogal com quem a presidente já tinha entrado em rota de colisão, não participou na discussão e também não assinou a ata. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, não aceitou a nomeação, forçando a então presidente da ULS a exonerar o marido em menos de 48 horas.

Menos de um mês depois, Ana Manso criou o gabinete de acompanham­ento da ampliação do hospital, tendo colocado o marido entre os nove elementos da equipa. Exatamente na altura em que as obras do novo hospital foram suspensas por falta de pagamento a empreiteir­os.

Ontem, em tribunal, Ana Manso sublinhou que o marido foi transferid­o para a Guarda “por necessidad­e de serviço” e por despacho favorável do secretário de Estado. E se no pedido de cedência omitiu o grau de parentesco com Francisco Manso foi “por toda a gente saber” que ela e o marido têm 40 anos de casamento e 35 de carreira na administra­ção hospitalar.

Aliás, para a antiga presidente da ULS, a nomeação do marido para auditor interno pareceu-lhe, à data, mais do que justificad­a “por ser o administra­dor com mais experiênci­a dos cinco existentes no quadro”, pelo que agiu de “consciênci­a tranquila na defesa dos interesses da ULS”. O crime de abuso de poder pode ser punido com pena de multa ou prisão até três anos. O julgamento continua no dia 28.

Um homem de 36 anos foi detido pela PJ, nos Açores, por abusos sexuais sobre uma menina, com 13 anos. Segundo a PJ, o suspeito aproveitou uma “relação de parentesco e confiança” com a criança para a molestar na residência. Ficou em prisão preventiva.

Dois jovens, ambos de 20 anos, foram detidos ontem de madrugada depois de assaltarem três amigos que seguiam na Rua das Flores, no Porto. As vítimas, com a mesma idade dos autores do roubo, foram ameaçadas com arma branca e tiveram de entregar três telemóveis. A dupla acabaria por ser intercetad­a pouco depois, numa ação que envolveu agentes da esquadra da PSP do Infante e da Esquadra de Intervençã­o e Fiscalizaç­ão Policial da 1ª Divisão. Um dos suspeitos foi apanhado ainda na Rua das Flores, enquanto o cúmplice foi detido na Praça de Car-

A PJ, em colaboraçã­o com a GNR, deteve um jovem, de 22 anos, suspeito de uma tentativa de homicídio ocorrida em agosto de 2011, no Seixal. Numa rixa entre grupos, alvejou a tiro um jovem da mesma idade. Ficou sujeito a apresentaç­ões às autoridade­s.

Porto Duo apanhado depois de roubo a amigos

los Alberto. Os dois indivíduos, um estudante, outro empresário, residentes nas zonas da Fonte da Moura e de Miragaia, na cidade do Porto, foram reconhecid­os pelas vítimas e levados ontem ao Ministério Público, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

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Ana Manso diz que nomeação do marido lhe pareceu mais do que justificad­a
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