Oceanário muda paisagem Maior aquário do Mundo recebe instalação de Takashi Amano, com música de Rodrigo Leão
Instalação até 2017 Oceanário inaugurou “Florestas submersas” de Takashi Amano. Há música de Rodrigo Leão
O ambiente da floresta tropical invade a sala de exposições temporárias do Oceanário de Lisboa. Ouve-se o canto dos colibris e pica-paus, o coaxar de sapos, o marulhar das águas, o restolhar das folhas. Tudo isto conjugado com uma banda sonora – original – de Rodrigo Leão. A partir de hoje, os visitantes serão surpreendidos com “Florestas submersas”, uma exposição que inclui o maior aquário plantado do mundo com 160 mil litros de água doce. Obra do fotógrafo e mestre japonês de aquariofilia Takashi Amano, esta nova exposição temporária apresenta, como peça principal, um aquário de 40 metros de comprimento que demorou sete meses a preparar.
Como explica o criativo japonês, “é um tipo diferente de aquário. Peguei em paisagens de natureza das florestas tropicais que visitei ao longo dos anos, e submergi-as. No fundo, esta obra que agora aqui vemos resume todos os meus trabalhos”.
Takashi Amano conta que, ao longo de muitos anos, visitou várias florestas tropicais em todo o Mundo e que aproveitou essa sua experiência para recriar essas paisagens dentro do aquário com a ajuda de plantas aquáticas. Mas não é tudo. Há tam- bém pedras e troncos de árvores, rochas vulcânicas dos Açores ou toneladas de areia, que permitem representar o mundo natural onde peixes e microrganismos coexistem. “Sendo um sistema vivo, está em permanente evolução. As plantas vão crescendo e modificando a paisagem”, explica Takashi Amano, referindo-se ao facto de o ambiente submerso ir mudando com o passar dos meses.
“Espero que este meu trabalho ajude a compreender como é importante preservar a natureza e assegurar um crescimento sustentável”, acrescentou o criador.
Além de se ouvir a banda sonora enquanto se visita a exposição, a mesma será apresentada ao vivo no Auditório do Oceanário de Lisboa em maio (nos dias 1,2, 3, 16, 23, 24, 30 e 31) e em junho (nos dias 6 e 28), às 17 e às 19 horas. “Florestas Submersas” pode ser visitada até setembro de 2017.