Dragões atacam João Gabriel
F. C. Porto Críticas ao diretor de Comunicação do Benfica e aos comentadores pelo tom xenófobo dirigido a Julen Lopetegui
O F. C. Porto lançou um ataque a João Gabriel, diretor de Comunicação do Benfica, na “Dragões Diário”, publicação destinada aos adeptos do clube. A nota surge em resposta a uma postagem do responsável benfiquista numa rede social, na qual se dirigiu a Lopetegui como o “basco”. A resposta surgiu logo pela manhã: “Toda a gente sabe que é basco, mas a nacionalidade de Julen Lopetegui é acessória e é triste verificar o toquezinho xenófobo de tanto analista da treta”, lê-se na nota diária. João Gabriel, contactado pelo JN, não quis comentar.
O F. C. Porto critica o tom depreciativo à volta do treinador pelo simples facto de ser estrangeiro e entende que essa conotação negativa está a alastrar-se a vários comentadores televisivos. Os dragões também conside- ram que o conteúdo das afirmações do técnico, sobre as arbitragens, devia merecer uma análise mais exaustiva da opinião pública.
“Não sou xenófobo nem racista, é impossível ser eu”, disse, ao JN, o médico sportinguista Eduardo Barroso, do programa Prolongamento, da TVI. “Eu próprio já tratei o senhor Lopetegui por treinador basco. Das várias vezes que estive no País Basco sempre percebi haver ali um extremo orgulho na identidade basca. Até julgo que eles preferem ser tratados por bascos em vez de espanhóis. Não há xenofobia. Eventualmente, o problema do senhor Lopetegui e do F. C. Porto é que ainda não é um treinador de êxito”, explicou João Gobern, benfiquista do Trio de Ataque, da RTP.
A “Dragões Diário” sublinhou o tema das arbitragens, lançado por Lopetegui logo a seguir à vitória sobre o Gil Vicente, quando se referiu à existência de um manto protetor em relação ao Benfica: “Pior ainda, porque será que na análise às palavras do treinador do F. C. Porto não se cuidou de saber se Lopetegui falou verdade ou falou mentira? É ou não verdade que há “um manto protetor”? É ou não verdade que o número de erros de arbitragem ultrapassaram o que é razoável e humanamente compreensível, quase sempre com o mesmo beneficiário? Como por encanto, os arautos da verdade desportiva desertaram e mostraram a verdadeira face, porque, como disse Lopetegui para quem quis entender, eles também são o manto protetor”.