Andreas Mikkelsen superespecial em Lousada
Hotelaria está lotada, o comércio animado e estima-se a presença de 300 mil adeptos dos automóveis na Região Norte do país.
Lousada foi, ontem, uma pequena amostra daquilo que poderão ser os próximos dias nos municípios nortenhos que estão a acolher este regresso do Rali de Portugal à região. Espanhóis eram às centenas, mas o JN também falou com aficionados do automobilismo que chegaram de França, Inglaterra, Suécia, Dinamarca e até um grupo de letões. “Em Portugal, vive-se uma atmosfera diferente nos ralis. Aqui há muita paixão”, disse Rafael Aguillar, espanhol de Santander que vai ficar no nosso país até depois de amanhã. “Não foi fácil encontrar sítio onde dormir, mas há dois meses que tenho tudo marcado”, explicou. Já Ted Mikkaelsson, um sueco amante do WRC, não quis deixar passar a oportunidade de mostrar ao filho, de 19 anos, aquilo que considera “uma das provas mais fantásticas do Mundial”. Este sueco é visitante habitual de Portugal e admite que o regresso ao Norte foi uma boa opção.
É esta aposta que a organização espera ver vertida em números, já que houve um grande esforço das autarquias e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) para a realização de um evento que se estima possa trazer um retorno de 100 milhões de euros. A região tem a hotelaria lotada, o comércio está animado e o impacto mediático da prova a nível mundial poderá trazer dividendos turísticos futuros. As 13 autarquias envolvidas desembolsaram cerca de 200 mil euros para a organização e são esperados, por estes dias, nos traçados de terra 300 mil adeptos. Para conseguir suprir a ausência de apoio por parte do Estado, a CCDRN obteve um financiamento comunitário de 700 mil euros. “Conseguimos organizar o rali sem qualquer apoio estatal e contra a vontade do Governo”, afirmou, há dias, em Fafe, Melchior Moreira, presidente do TPNP.