Prova do 6.º divide os professores
EDUCAÇÃO Associação (APM) e Sociedade de Professores de Matemática (SPM) voltam mais uma vez a discordar quanto ao grau de dificuldade da prova nacional que os alunos do 6.º ano fizeram ontem. A APM considerou o exame mais difícil e com uma linguagem desadequada para alunos desta idade. Para a SPM, o grau de complexidade foi semelhante ao do ano passado e adequado.
O exame de Matemática do 6.º ano foi o último desta primeira fase de provas nacionais. Os resultados serão afixados a 16 de junho e quem tiver média negativa terá de frequentar o acompanhamento extraordinário, desde o fim das aulas até 8 de julho, e repetir a prova na segunda fase, a 13 e 15 de julho.
“Sem dúvida que a prova correspondeu às metas e, por isso, a linguagem é pouco habitual para este nível etário”, defende Ana Vieira Lopes, vice-presidente da APM. Já o presidente da SPM considera que o primeiro caderno até foi mais acessível do que o do ano passado mas, no geral, foi similar”, frisou Fernando Pestana da Costa.
Ontem, no Parlamento, os deputados também debateram uma petição lançada pela APM que defende a suspensão do novo programa de Matemática para o Ensino Secundário. Entra em setembro em vigor havendo “alunos do 10.º ano que estudaram pelo programa anterior”, frisa Ana Vieira Lopes. Já a SPM aprova o novo programa, mas admite que os alunos sentirão diferenças a que se terão de adaptar. Quanto aos conteúdos, considera Fernando Pestana da Costa, “não haverá problema, porque no fim do básico têm de dominar conteúdos independentemente do programa”.
No último dia de provas, a Fenprof criticou a redução do tempo de dispensa dado aos professores corretores destes exames, bem como a intenção de cada um poder corrigir mais de 50 provas.