Líder de claque reage a rusga e acaba detido
Porto PSP acusa-o de resistência e coação, durante buscas em Francos. Defesa alega que ele foi agredido
O líder da claque do Boavista Panteras Negras foi detido por alegada resistência e coação a agentes da PSP durante a operação realizada, anteontem, no Bairro de Francos, no Porto. Nuno Fonseca, conhecido por “Sousa”, vai ser presente hoje a tribunal, depois de passar duas noites numa cela.
Tudo aconteceu enquanto a Divisão de Investigação Criminal, reforçada por unidades de intervenção, procedia a um total de 16 buscas, 14 das quais a residências, visando um conjunto de suspeitos de tráfico de droga. Aquele adepto boavisteiro não era visado na rusga e, segundo fonte próxima, limitou-se a contestar a forma “violenta”, envolvendo “bastonadas”, com que os elementos policiais procederam às detenções na sede da associação recreativa no bairro. Além de “Sousa”, que reside naquele aglomerado habitacional, foi detido o cunhado, pelo mesmo motivo.
Contactado pelo JN, Alfredo Silva Pinto, advogado do líder dos Panteras Negras, referiu que ele cingiu-se a “uma reação defensiva a agressões de que estava a ser alvo por parte da Polícia”.
Na operação foram detidos mais oito indivíduos, estes por suspeitas de tráfico de droga, que estão também ligados à claque do Boavista. Foi apreendida cocaína, heroína, haxixe, anfetaminas e liamba suficientes para mais de 1000 doses, além de 4424 euros em dinheiro e uma arma de fogo, segundo adiantou o Comando da PSP do Porto.
Ao que foi possível apurar, alguns dos detidos foram, em fevereiro passado, condenados por envolvimento na rede de tráfico de droga a operar no mesmo bairro e que teve como cabecilha Pedro Cardoso (“Bicho”), este sentenciado a 13 anos de prisão e preso há dois anos.
Hoje são ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal.