Passos “sem pressa” para apresentar programa eleitoral
ELEIÇÕES Cinco anos depois de ter afirmado, no 33º Congresso do PSD, “não ter pressa para ser primeiro-ministro”, Pedro Passos Coelho reafirmou, anteontem à noite, em Alijó, Trás-os-Montes, “não ter pressa para apresentar o programa eleitoral” para as legislativas.
“Temos de dizer às pessoas quais são as nossas prioridades, o que queremos fazer. Com o resto não se preocupem”, pediu o primeiro-ministro, convicto de que “as pessoas sabem com o que contam do PSD”. “Por isso é que não temos pressa de apresentar programas, nem medidas, nem ideias. Porque temo-las apresentado consistentemente ao longo destes anos, e as pessoas sabem com o que contam da nossa parte”, reiterou. Nesse leque, antecipou, “não haverá aventuras”.
A afirmação foi a resposta ao repto lançado por António Costa que defendeu que o PSD deveria ter como prioridade governar e depois apresentar o programa de Governo. O presidente do PSD, que discursava na sessão comemorativa do aniversário do partido do distrito de Leiria, sustentou que as pessoas “sabem que não há um sistema perfeito, que ninguém é perfeito, que ninguém faz tudo bem”, mas que também sabem que o Governo “identificou os problemas do país e e não teve medo de atacar a causa dos problemas”. E prometeu que, ultrapassadas as “emergências”, o PSD quer “resolver alguns problemas estruturais” e “dar confiança ao país”.
Para o líder social-democrata, é importante que “as pessoas formulem fortemente o desejo de assumir” o que querem para o futuro, “um país de boas contas que não diz aos seus credores apenas quando troveja ‘ai santa barbara que estamos mal’”.