Há três Kamov que estão prontos a voar
Proteção Civil Governo garante operacionalidade de três helicópteros pesados em caso de necessidade
O secretário de Estado da Administração Interna garantiu ontem que três dos cinco helicópteros Kamov podem, a qualquer momento, combater um incêndio florestal. A garantia de João Almeida foi confirmada pela ministra Anabela Rodrigues, que acescentou que os dois Kamov que estão com “problemas nos motores” e impedidos de voar foram substituídos por quatro aparelhos ligeiros.
“Neste momento, há dois Kamov que estão em processo para reparação e estão substituídos no dispositivo por outros quatro ligeiros e há três que estão em condições de voar, embora estejam envolvidos no processo de consignação à nova empresa que explorará a operação e manutenção dessas aeronaves”, disse João Almeida citado pela Agência Lusa.
O secretário de Estado sustentou que “a frota não está parada”, estando “efetivamente em processo de consignação, que tem alguns constrangimentos mas que não impede o empenho operacional das aeronaves caso seja necessário”.
Anteontem, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) avançou à Lusa que os cinco helicópte- ros pesados, utilizados no combate aos incêndios florestais, estão parados devido ao processo de transferência para a empresa Everjets. Mais tarde, numa nota de esclarecimento, a ANPC veio dizer que “as aeronaves têm estado disponíveis para atuar em caso de necessidade, carecendo esse emprego de uma análise cuidada”. O comunicado da ANPC afirma categoricamente que “a frota de helicópteros Kamov não está parada”.
Apesar desta disponibilidade, nenhum dos helicópteros pesados foi acionado recentemente. E, ontem, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, afirmou que essa opção devia ter sido tomada para o incêndio que lavrou mais de 24 horas em Ponte de Lima. “Entre responsabilidade administrativa e necessidade operacional, optou-se pela administrativa, são pontos de vista que não defendo”, sustentou Jaime Marta Soares.
À margem da inauguração do quartel dos bombeiros de Alijó, em Vila Real, a ministra Anabela Rodrigues assegurou ainda que “não há qualquer dificuldade” no processo de transferência das aeronaves para a Everjets, que ganhou o concurso de operação e manutenção.