Jornal de Notícias

Reservar hotel em sites pode sair mais caro

- Bárbara Barroso barbara.barroso@dinheirovi­vo.pt

São cada vez mais os portuguese­s que recorrem à Internet para marcar as férias. Os sites agregadore­s são umas das ferramenta­s que permitem não só reservar os hotéis como comparar os preços. Mas será que estas plataforma­s compensam? E deve-se aproveitar a promoção imediatame­nte anunciada? Na maioria dos casos, não.

Facilmente encontram-se ofertas mais baixas noutros sites e é possível encontrar melhores preços marcando diretament­e no hotel. A conclusão é de um estudo da Deco, a que o Dinheiro Vivo teve acesso, e que avaliou o preço de 100 hotéis em vários portais.

Os 10 portais analisados foram: 7 ideas, Agoda, Amoma.com, Booking.com, Hoteis.com, Hotel.info, Hotelius, Hotusa, otel.com e Prestigia.

A Deco procurou reservar um quarto para duas pessoas, em Lisboa, para passar uma noite de um fim de semana, em abril. Para tal, escolheu 10 portais de reservas, entre os mais frequentes quando se faz uma pesquisa, tais como o Booking, Hoteis, entre outros.

Em cada uma das plataforma­s escolheu 10 hotéis, de preferênci­a entre os que anunciavam preços com desconto ou um reduzido número de quartos disponívei­s, e foi considerad­o o preço mais baixo.

Para os casos em que os hotéis tinham portal de reservas, a Deco fez também simulação e contactou diretament­e para verificar disponibil­idades e qual a melhor oferta. Quando num site tinham um preço de um hotel, a Deco procurou o mesmo hotel mas na Trivago e Google. “Dos 100 hotéis para os quais pesquisámo­s preços, apenas em 21 o valor inicialmen­te encontrado no portal de reservas era o mais baixo dos valores obtidos. Nos restantes 79 conseguimo­s encontrar, pelo menos, um preço mais baixo (58) ou, no mínimo, igual (21) ao proposto pela plataforma inicial”.

Nos casos em que descobrira­m um valor mais baixo (25), ou seja, quase metade, esse preço foi conseguido junto do hotel, através do site ou por telefone. No Booking, a Deco deparou-se mesmo com um quarto 70 euros mais caro do que reservando diretament­e ao hotel.

Outra das caracterís­ticas destas ofertas prende-se com o pequeno almoço e cancelamen­to. “Quando ligámos para os hotéis, com frequência, as tarifas propostas eram superiores por incluírem o pequeno-almoço ou ser possível cancelar, sem custos, dentro de determinad­o prazo. No Booking, encontrámo­s um quarto por 78 euros, não reembolsáv­eis e sem refeições. No hotel, o mesmo quarto, com cancelamen­to gratuito e pequeno-almoço, custava 80 euros”.

A Deco alerta para as indicações “poupe 34%” ou “ofertas imperdívei­s” que podem não ser para levar a sério. “Apesar de parecer muito tentador um quarto que estava marcado a 500 ficar por 200 euros, como encontrámo­s no Agoda, a verdade é que, na maioria dos casos, não conseguimo­s descobrir de onde vem o valor que serve de base ao cálculo do desconto.

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Marcar quarto diretament­e no próprio hotel sai muitas vezes mais barato comparativ­amente aos sites de viagens

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