“Final feliz” do PS é pagar as pensões
Resende António Costa quer maioria para travar “intranquilidade” da coligação
secretário-geral do PS, António Costa, apontou ontem a necessidade de se obter uma maioria socialista nas próximas eleições legislativas, de forma a “travar a intranquilidade” instalada pela coligação PSD/CDS-PP. E disse que o final feliz, falado por Pedro Passos Coelho, só virá com a tranquilidade de as pensões serem pagas conforme manda a Constituição.
No final de uma visita ao 14.º Festival da Cereja de Resende, no nor- te do distrito de Viseu, o líder socialista defendeu que a melhor forma de acabar com a angústia diária dos cidadãos é dar maioria a um partido com compromissos claros assumidos, em que não haverá qualquer corte nas pensões.
“A sustentabilidade da Segurança Social resultará daquilo que tem de ser prioridade de todos, que é ativar todas as medidas para criação de emprego, pois é o desemprego que está a fazer a Segurança Social perder receita e, simultaneamente, diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social”, acrescentou.
No seu entender, os cidadãos não podem continuar a viver na incerteza de ver as suas pensões ou salários cortados ou ainda de poderem ver um aumento dos impostos. “É preciso virar esta página da austeridade, afirmar uma alternativa que dê confiança e tranquilidade de novo às pessoas, para que as pessoas possam viver cada dia sem ter a angústia de saber o que lhes vai acontecer”, sustentou.
O secretário-geral do PS aproveitou ainda para apontar o dedo ao primeiro-ministro, acusandoo de não sentir nem perceber o país que governa. “O doutor Passos Coelho disse uma frase absolutamente extraordinária, de quem não sente e percebe o país onde está, que é dizer que esta foi uma história com final feliz. É extraordinário que, depois de ter falhado na gestão da dívida, no relançamento da economia, desemprego, devolução dos salários aos funcionários, de ter falhado em todas as promessas que fez da campanha eleitoral, venha dizer que esta foi uma história com final feliz”, referiu.
Segundo António Costa, o final feliz só chegará quando um Governo devolver a tranquilidade e a segurança de que as pensões “são sagradas e serão pagas conforme a Constituição manda”.