Jornal de Notícias

Chamaram o socorro a pensar que era um suicídio

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Isabel Ferreira e Gonçalo Borges, distribuid­ores de queijos na zona, foram os primeiros a aperceber-se do crime, que aconteceu a uns escassos 10 metros do local onde tinham a carrinha estacionad­a, na Rua Luís de Camões. “Ao início, pensei que se tratava de um suicídio, porque só vi um corpo”, contou o jovem comerciant­e ao JN.

A preocupaçã­o de Gonçalo foi chamar o socorro de imediato. “Liguei o 112, passaram-me à polícia e contei que estava um homem a morrer à minha frente”, recorda. Já a colega de trabalho tentou chegar próximo da vítima, para ver se ainda havia alguma coisa a fazer. “Só que, quando estava ao pé do corpo, vi a arma, tive medo e recuei”, con- fessa. Os dois jovens admitem que não deram conta de que, mais à frente, havia outro corpo estendido no chão, daí terem pensado tratar-se de um suicídio. Ainda assim, garantem que não ganharam para o susto.

“Estávamos a uns cinco ou seis metros, ouvimos os disparos, mas não vimos logo ninguém cair ao chão. De início, até pensei que o barulho fosse de outra coisa qualquer”, conta Gonçalo.

Com a chegada dos meios de socorro, Gonçalo e Isabel prosseguir­am com a distribuiç­ão. Só uma hora depois souberam, por uma cliente, o que efetivamen­te aconteceu. “Parece impossível”, conclui, em jeito de desabafo, a jovem.

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Isabel e Gonçalo, testemunha­s

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