Jornal de Notícias

Moody’s vê taxas de juro do euro em mínimos até 2018

- RELATÓRIO LUÍS REIS RIBEIRO

As taxas de juro principais da Zona Euro, definidas pelo Banco Central Europeu (BCE), devem continuar nos atuais mínimos de sempre até ao início de 2018, pelo menos, estima a Moody’s no estudo sobre o panorama macroeconó­mico global para 2015 e 2016. China, Grécia, Brasil e petróleo complicam ainda mais as contas.

O documento publicado nesta terça-feira pela agência de notação financeira refere que “a possibilid­ade de saída da Grécia da Zona Euro e de forte correção dos preços das ações na China fez subir os riscos negativos sobre as perspetiva­s de cresciment­o global em junho e início de julho”.

O estudo da empresa reitera que um novo colapso bolsista na China e a saída da Grécia do euro “ainda são dois dos fatores de risco que podem resultar em menor cresciment­o do PIB no grupo do G20 [20 maiores economias do mundo] face à nossa previsão inicial”. Em todo o caso, o impacto na prestação do G20 seria “moderado”, mas “dificilmen­te qualquer uma das economias do G20 parece estar protegida contra ameaças ao cresciment­o”.

Dentro deste grupo, as economias europeias seriam, naturalmen­te, as mais afetadas caso a Zona Euro se desintegra­sse (saída da Grécia). “Prevemos uma recessão acentuada na Grécia, pois os controlos de capitais, o risco acrescido de saída do euro e agora a falta de visibilida­de no ambiente político e económico colocam a [redução da] despesa em pausa”. A Moody’s mostra que confia pouco na aceleração da retoma da Zona Euro. Ela ficará em 1,5% neste ano e no próximo, diz. Instituiçõ­es como OCDE, FMI e Comissão Europeia estão mais otimistas.

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