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A homenagem devida
Há quatro anos, tive a oportunidade me iniciar no desporto adaptado, mais concretamente no basquetebol em cadeira de rodas. Desde então, tenho conhecido pessoas fantásticas, desportistas, lutadoras, guerreiras, cada uma com uma dificuldade, cada uma com uma história de vida… Tal como eu, tal como todos nós. Este ano, a 6 de julho, tive o orgulho de os ver lutar pelas cores da bandeira portuguesa no Campeonato Europeu de Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR), no Pavilhão da Bela Vista, em Lisboa. Mas é com enorme tristeza que venho hoje aqui desabafar: tirando pouquíssimas honrosas exceções, as televisões, as rádios e os jornais ignoraram este evento fantástico. Estes homens maravilhosos lutaram pelas cores da nossa bandeira, com garra e com alma. Esta equipa representou a seleção nacional de basquetebol em cadeira de rodas e conseguiu a subida de divisão (para o ano, Portugal disputará o Campeonato da Europa da divisão B) e a medalha de prata. Esta equipa está de parabéns, todos nós que estivemos presentes estamos de parabéns, todos aqueles que tornaram este campeonato possível estão de parabéns. Aos meios de comunicação so- cial ausentes, só tenho a dizer: tenho pena. Para a dupla que chefia a coligação direitista, não há quaisquer limites na luta para se manterem no poder. Num “post scriptum” em editorial do “Dinheiro Vivo”, dizia Hugo Neutel: “Passos Coelho argumenta que o rating da dívida pode depender das eleições, e que as agências estão à espera da noite do dia 4 de outubro para decidir se tiram Portugal do lixo. Das duas, uma: ou este é um discurso de chantagem ou é um discurso risível. Ou ambos”. Eu diria que é isso e muito mais, pois Passos não sabe agir de outra forma. É o vale tudo, o que, tendo presente o que foi a sua campanha de há quatro
Ambição sem limites Marcelo nem precisa fazer campanha...”